Morcegos fazem distanciamento social quando estão doentes, diz estudo

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Em tempos de distanciamento social, um estudo mostrou que temos muito a aprender com os morcegos.

Parece que eles já o praticam normalmente quando estão doentes, para que contaminem a menor quantidade possível de indivíduos.

Ironicamente, muita gente culpa os mamíferos pela pandemia de covid-19, mas pelo menos na prevenção, eles estão ganhando de muita gente.

O estudo foi realizado em Belize, com uma espécie dos chamados morcegos vampiros. Cientistas da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, colocaram sensores de proximidade dos animais, para analisar a convivência social deles.

Além disso, 16 indivíduos receberam uma substância que afetou seu sistema imunológico, fazendo parecer que estavam doentes.

O que se observou foi um comportamento muito similar ao que já havia acontecido em laboratório. Os morcegos “infectados” passaram a interagir menos com o bando, além de dormirem mais e se movimentarem menos.

Em média, eles interagiram com quatro morcegos a menos do que a média do bando.

O efeito da substância que afetou o sistema imunológico deles passou em 48 horas e os cientistas voltaram a observar as interações.

Todos tinham voltado ao normal, indicando que há um instinto de distanciamento social quando eles se sentem doentes.

Isso é chamado pelos cientistas de distanciamento social passivo e parece ser uma prática comum na natureza.

A intenção é diminuir a capacidade de uma doença se espalhar entre um grupo de indivíduos da mesma espécie. Algo que nós, humanos, nem sempre conseguimos fazer tão bem quanto os morcegos.

Morcegos e a covid-19

Por uma ironia do destino, os morcegos, que fazem distanciamento social quando estão doentes, são alguns dos suspeitos de veicularem o novo coronavírus, que causa covid-19, tendo originado a pandemia.

De qualquer forma, a culpa não seria deles, já que uma migração direta do vírus poderia ter acontecido ao se consumir a carne desses animais.

No entanto, essa migração direta também é improvável. A maior possibilidade é a de que houve um hospedeiro intermediário para o vírus, entre os humanos e morcegos.

Ele seria o pangolim, um mamífero que vive em tocas subterrâneas e cuja carne é apreciada por algumas pessoas na China.



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