Crescimento do movimento antivacinas faz doença mortal reaparecer

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Uma garota iraquiana de 10 anos que chegou à Romênia em julho se tornou a 33ª fatalidade por causa do sarampo no país desde 2016, de acordo com uma publicação de uma empresa de mídia local.

O Centro Nacional de Vigilância e Controle de Doenças Transmissíveis coloca o número total de casos em 8937, em 41 municípios, até o dia 25 de agosto. Os condados mais afetados incluem o condado de Timis (1.226), Caras-Severin (1.111) e Arad (1.014).

Os especialistas atribuem o recente fenômeno do ressurgimento de doenças consideradas como “extintas” como consequência de dois grandes problemas: a falta de investimento governamental na prevenção e no crescimento de movimentos antivacinas, que estão se expandindo por todo o mundo.

O governo romeno adotou no início deste mês um projeto de lei sobre a organização e o financiamento da vacinação populacional, de acordo com um relatório da Romênia-Insider. O projeto foi enviado ao Parlamento para aprovação e poderia entrar em vigor em janeiro de 2018.

O sarampo é causado por um vírus pertencente ao paramixovírus. A doença é uma das doenças mais infecciosas existentes. Vírus do sarampo pode ser transmitido se espalhando através de gotículas de ar (aerossóis), excretadas durante a respiração.

As vítimas podem ser infectadas através do trato respiratório, ou pela mucosas dos olhos. O período de incubação é de 7 a 18 dias, geralmente cerca de 10 dias. Após esse período, o indivíduo pode apresentar sintomas como febre alta, mal-estar, coriza, irritação ocular, tosse e falta de apetite. Em casos graves, a doença pode até matar.

Apesar do risco e das consequências terríveis, é crescente o número de famílias que decide não vacinar seus filhos em países de primeiro mundo. Por causa dessa tendência, outras doenças perigosas como a rubéola reapareceram em vários locais do globo.

Os grupos antivacinas são contrários ao ato da prevenção de doenças por meio da imunização por motivos diversos, que envolvem razões filosóficas, religiosas e até mesmo por causa de um embasamento incorreto de informações.

O debate sobre a importância das vacinas nos últimos anos superou os limites da ciência e se tornou uma questão política e jurídica. Em países como Argentina ou Espanha, embora o movimento antivacinação esteja crescendo, ainda não atingiu as dimensões extraordinárias que vemos nos Estados Unidos.

Apesar dos grandes avanços das vacinas nos últimos anos, a falta de conhecimento a respeito do tema por parte da população pode ser a causa de uma epidemia global em um futuro próximo.

Com informações de History.



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