Nasa detecta brilho misterioso nos limites do Sistema Solar; saiba o que é

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Após mais de uma década no espaço a sonda New Horizons, da Nasa, está chegando na fronteira do Sistema Solar, onde detectou um misterioso brilho. O que pode estar causando essa luz nos confins da nossa vizinhança cósmica? Provavelmente um fenômeno que já era observado há anos, mas ainda não havia sido completamente entendido.

A New Horizons ultrapassou a órbita de Plutão em 2015 e adentrou então o Cinturão de Kuiper, uma região formada por pedaços de gelo remanescentes da criação do Sistema Solar. Foi então que a sonda começou a detectar um estranho brilho, que parecia vir de um local ainda mais além.

Depois do Cinturão de Kuiper, começam os limites do Sistema Solar, ou seja, os locais onde o Sol já não exerce nenhuma atração gravitacional. No limite exato que nos separa do resto do universo, existe uma espécie de parede de hidrogênio, formada por partículas não carregadas que reagem com os resquícios de vento solar que chegam até lá. É essa reação que causa o estranho brilho detectado pela sonda.

O equipamento da Nasa continua viajando em direção à fronteira do Sistema Solar e deve fornecer mais informações sobre a parede de hidrogênio. Por enquanto, os cientistas só podem medir a captação do brilho, que muda de forma com frequência.

Caso o brilho diminua ou desapareça completamente, pode significar que a sonda ultrapassou a parede de hidrogênio e já está fora do Sistema Solar.

Novos horizontes

A New Horizons foi lançada em 2006, com a intenção de explorar os limites do Sistema Solar e registrar imagens de Plutão. Outras missões, como as Voyagers, lançadas ainda na década de 1970, chegaram a detectar o misterioso brilho, mas não puderam estudá-lo como a missão atual está fazendo.

Outra possibilidade em relação ao brilho, caso ele continue constante, é de que sua origem seja realmente exterior ao Sistema Solar, o que poderia ser um mistério ainda maior. A New Horizons já é uma das missões espaciais mais longas ainda em atividade. O recorde pertence à Voyager 1, lançada em 1977.



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