Se existe ou não um Planeta Nove em nosso sistema solar, muito além de Netuno, continua um mistério. Desde que a hipótese foi lançada no último ano, muitas teorias surgiram sobre como que o corpo celeste pode ter surgido e aparecido em nosso sistema solar. Alguns sugerem que ele pode ter vagado pelo espaço até ser “capturado” pelo nosso sol.
Agora, um novo estudo afirma que o misterioso Planeta Nove, se existir, não foi capturado pelo sol, mas ao invés disso, se formou próximo de outros planetas e acabou sendo “exilado” para bem longe pelo sol.
Pesquisadores na Universidade de Sheffield, no Reino Unido, e o Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, na Suiça, fizeram simulações com uma variedade de cenários, como, por exemplo, um planeta que flutuava livremente e que foi capturado por nossa estrela.
Eles descobriram que as chances de um planeta desse tipo ser capturado pelo sol são de apenas uma em seis, o que significa que esse cenário é bem improvável.
“Dependendo das condições iniciais da região em que se formou, apenas de 5 a 10 entre 10 mil planetas são capturados nos limites do Planeta Nove”, disseram os autores do estudo, liderados pelo professor Richard Parker.
Desde que sua existência foi sugerida, pela primeira vez, o Planeta Nove já causou diversos debates na esfera astronômica. Em junho, pesquisadores liberaram descobertas questionáveis, sugerindo que o Planeta Nove pode não existir.
Só que um mês depois, outro estudo reviveu as esperanças de que um nono planeta poderia estar presente em nosso sistema solar.
Pesquisas recentes também apontaram a existência de um planeta, com o tamanho de Marte, que seria chamado de “Planeta10”, mas pesquisadores dizem que ele não tem relação com os dados encontrados para o nove.
“Se levarmos em conta a atual definição de planeta, esse outro misterioso objeto pode não ser um planeta verdadeiro, mesmo que tenha um tamanho semelhante ao da Terra, pois ele pode estar cercado de asteroides enormes ou planetas anões”, disse Richard Parker.
“De qualquer forma, estamos convencidos que o trabalho de (Kat) Volk e (Renu) Malhorta (da existência do planeta 10) encontrou evidências sólidas da presença de um corpo massivo além do chamado Penhasco de Kuiper, o ponto mais distante do cinturão transnetuniano, a 50 unidades astronômicas do sol, e esperamos estar aptos a apresentar, em breve, um novo trabalho que pode garantir sua existência”, explicou o astrônomo.