O que é rio atmosférico, fenômeno que pode causar intensas tempestades

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Todos já estamos cansados de saber que um rio é um curso de água natural que corre de uma parte elevada até uma mais baixa e acaba desaguando em outro rio, mar ou lago, não é mesmo? Mas você, por acaso, já ouviu falar de um rio atmosférico? Entenda mais abaixo.

O rio atmosférico, como você já deve ter deduzido, se trata de um rio que está presente da atmosfera e se porta da mesma maneira que os que estão aqui embaixo.

Os rios atmosféricos são longos e estreitos corredores que transportam intenso vapor de água. O termo surgiu pela primeira vez nos anos 90, em um estudo publicado pelos meteorologistas Reginald Newell e Yong Zhu, em que relatam a descoberta dos rios troposféricos, as regiões da troposfera onde vapor de água se acumula e pode permanecer por lá durante dias.

Um rio atmosférico pode ter centenas de quilômetros de largura e milhares de quilômetros de comprimento. Ou seja, muitos deles têm tamanho comparável ao dos maiores rios do planeta. Eles costumam se formar por cima dos oceanos, quando frentes frias se movem do oeste para leste. E elas, mais tarde, se chocam com correntes de vento vindas do Equador, que levam mais umidade para o rio atmosférico.

No entanto, diferente dos rios comuns, os atmosféricos são bem diferentes. “Eles se movem o tempo todo. Eles se formam e depois, acabam morrendo. Eles são muito dinâmicos no tempo e espaço”, explicou Francina Dominguez, climatologista da Universidade de Illinois, nos EUA.

Os rios atmosféricos têm o costume de se formar mais ou menos no mesmo local. Uma consequência deles é que costumam resultar em chuva ou até mesmo neve, dependendo do local por onde passam. Geralmente, o fenômeno causa apenas chuva leve, no entanto, se passar por um terreno montanhoso, pode resultar em intensas tempestades, como é o que acontece no oeste dos Estados Unidos.

Os rios atmosféricos podem se formar em qualquer lugar do planeta, mas costumam ser mais comuns em latitudes medianas, com a região do Equador. O fenômeno também é recorrente no Chile, Austrália, África do Sul e oeste da Europa.



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