Se neste momento você está procurando um novo travesseiro para dormir, com certeza já deve ter se deparado com modelos que afirmam ter sido criados pela Nasa, a agência espacial americana. No Brasil, inclusive, algumas marcas chegaram a usar o astronauta brasileiro Marcos Pontes como garoto propaganda.
Mas afinal, a agência realmente foi responsável pela criação do objeto?
Já quer uma resposta curta e grossa? Sim, a Nasa criou, mesmo que sem querer, esses modelos de travesseiros, compostos de poliuretano, com viscosidade e densidade maiores. Tudo começou quando os cientistas Chiharu Kubokawa e Charles Yost desenvolveram uma espuma viscoelástica para a agência espacial em 1966, com o intuito de aumentar a segurança e o conforto do estofamento de naves espaciais.
No entanto, a nova criação tinha um problema: exalava um cheiro muito forte. Com medo de que o material pudesse incomodar os astronautas durante as viagens, a Nasa descartou utilizá-lo. Charles Yost, então, decidiu abrir uma empresa, ainda em parceria com a agência, como forma de comercializar sua criação entre a população.
No início, a espuma era utilizada em produtos médicos e como preenchimento para amortecer impactos em capacetes de futebol americano. E já nos anos 80 sua produção ficou barata e já não tinha o cheiro forte de antigamente. Assim, foi possível produzí-lo em maior quantidade e com um preço menor. Até que um dia, tiveram a ideia de transformar essa espuma em travesseiro.
E como essa espuma é feita?
Essa espuma viscoelástica é feita a partir da alimentação de gás em uma matriz de polímeros. Quando é feita pressão sobre ela, sua estrutura acaba se deformando, mas retorna para seu formato original após se retirar a pressão.
Atualmente, essa espuma pode ser feita com vários materiais diferentes como forma de melhorar seu cheiro, densidade e viscosidade, bem como evitar o acúmulo de umidade em seu interior.