Oceano Atlântico tem 10 vezes mais lixo do que se acreditava

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A situação dos mares do planeta não para de se complicar. Uma nova estimativa no oceano Atlântico diz que ele tem 10 vezes mais lixo do que se imaginava, principalmente plástico, material famoso nos meios ecológicos por demorar centenas de anos para ser decomposto.

Ilhas de lixo são cada vez mais comuns e ameaçam a vida marinha, bem como a saúde de todo o planeta.

De acordo com um estudo britânico publicado na revista Nature, o oceano Atlântico teria se tornado o lar de 200 milhões de toneladas só de plástico, sem contar outros materiais poluentes que são depositados com frequência no mar.

O Centro Nacional de Oceanografia da Inglaterra testou pontos do oceano entre o Reino Unido e as Ilhas Falkland, e a concentração de polipropileno, poliestireno e polietileno – os três tipos mais comuns de plástico – é preocupante.

Estudos anteriores davam números entre 17 e 47 milhões de toneladas de plástico lançadas no oceano nos últimos 65 anos, o que mostra que as estimativas oficiais são bem inocentes perto da realidade atual.

E os cientistas britânicos acreditam que a situação real seja ainda pior do que a nova medição mostrou.

Isso porque apenas 3 tipos de plásticos foram contabilizados, mas existem diversos outros materiais que poluem as águas por todo o mundo.

Esse é um problema antigo e que parece não ter solução simples, ou ao menos barata. E principalmente: rápida.

Cadeia alimentar poluída

O grande problema com os plásticos no oceano é a quantidade de tempo que eles demoram para deteriorar e sumirem totalmente.

Ao invés de irem se decompondo, como matéria orgânica, os pedaços de plástico vão apenas diminuindo de tamanho, até chegarem a partículas muito pequenas, chamadas de microplásticos.

Esses microplásticos são comidos por peixes e outros animais marinhos, o que já é letal para eles por si só.

Além disso, muitos desses peixes, os que sobrevivem, acabam se tornando alimento para seres humanos e chegam já infectados com substâncias químicas provenientes da deterioração lenta do plástico ingerido.



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