Os 10 hábitos mais estranhos do seu cérebro

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Há quem diga que o cérebro é a melhor máquina do mundo. Na verdade, o cérebro é infinitamente melhor do que qualquer máquina. Sabe outra comparação interessante que poderíamos fazer?

O cérebro tem glitches, bugs e dá tilt de vez em quando. Aqui estão as 10 coisas mais estranhas que o nosso cérebro faz – e a gente nem gosta de admitir.

Veja:

Resposta meridiana sensorial autônoma

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Também conhecido como o “orgasmo do cérebro”, a resposta meridiana sensorial autônoma é uma reação a certos “gatilhos” que desencadeiam um imenso prazer. Muitas pesquisas tentam descobrir como isso acontece exatamente, mas ainda é um desafio. Os gatilhos mais comuns são sussurros ou alguns movimentos específicos. Por exemplo, algumas pessoas assistem um vídeo de quase meia hora de uma menina sussurrando de forma carinhosa e fingindo que está cortando o seu cabelo só pra relaxar – imagina quando inventarem a versão VR disso. O fato é: tanto quanto você pode imaginar que seria difícil explicar pra sua mãe que você está trancando no seu quarto ouvindo uma desconhecida sussurrar pra lhe ajudar a relaxar e dormir, os cientistas também estão tendo uma dificuldade equivalente pra descobrir por que isso acontece.

Sonhos lúcidos

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É muito chato perceber que esta sonhando e acordar, né? Pois é, também detesto isso. Mas algumas pessoas afirmam que podem manipular os sonhos e experimentar sensações reais e totalmente controladas enquanto dormem. Se você duvida que isso seja possível, saiba que alguns sonhadores lúcidos desenvolveram sinais – como mexer os olhos de forma específica – pra avisar aos pesquisadores que estavam no meio de um sonho lúcido, ajudando os cientistas a detectar como o corpo se comporta nesse processo, como batimento cardíaco e atividade elétrica no cérebro. A propósito, existem tutoriais na Internet que ensinam a induzir sonhos lúcidos, caso você queira visitar Paris ou comer fogo no Sol.

Consciência direcional

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Você já deve ter lido alguma notícia de acidente de carro provocado por alguém prestando atenção só no GPS e sem olhar pra estrada de verdade. Essas pessoas deveriam confiar mais na consciência direcional, aquela função do nosso cérebro que escaneia ruas e pontos de referência e nos ajuda a memorizar cerca de 25 mil ruas diferentes. O efeito negativo de confiar demais no GPS é que que a consciência direcional fica atrofiada e alguns motoristas nem conseguem reconhecer a mesma rua por onde passou várias vezes só por estar dirigindo no sentido oposto. Observar as ruas e descobrir atalhos novos por si só é um exercício e não praticá-lo é o mesmo que só comer no McDonald’s e nunca mais usar uma escada.

Saciedade semântica

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Experimente escrever e falar ao mesmo tempo “cão”. E de novo. E de novo. De novo. De novo. Vai chegar um momento em que essa palavra vai parecer vazia, até você parar e raciocinar pra assimilar a palavra aos nossos melhores amigos. O nome disso é saciedade semântica: quando lemos ou ouvimos tanto certas palavras, que o nosso cérebro fica “entediado” e não só as ignora, mas também para de assimilar seu conteúdo. A mesma coisa acontece com quem trabalha com comida: se você passar o dia inteiro numa cafeteria, no final você não vai mais estar sentindo o cheiro do café simplesmente porque o seu cérebro cansou e deixou o odor de cafeína pra lá.

Paradoxo da Escolha

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Não, seu cérebro não quer sabotar a sua vida. Quando você tiver essa impressão, lembre-se do Paradoxo da Escolha. Nossa vida moderna nos apresenta incontáveis opções o tempo todo, o que gera um eterno estado de insegurança, mesmo depois de tomarmos uma decisão. Nosso cérebro fica eternamente comparando as opções que tínhamos e, como ele é cruel, foca naquelas que pareciam melhores. Daí, duvidamos de cada escolha que fizemos, desde a nossa carreira, até qual sanduíche almoçamos – apesar de todos terem o mesmo gosto. Isso se agrava com a quantidade de propagandas que nos seduzem e com nossos amigos postando fotos de festas que não fomos, fazendo com que a nossa liberdade de escolha tenha o gosto de falta de opções. Resultado: ficamos em casa pra evitar excesso de opções e abrimos o Netflix, só pra reiniciar o Paradoxo.

Alucinações musicais

O nome é extravagante, mas você também já passou o dia inteiro com uma música na cabeça – ou pior, com apenas um trecho de uma música. Isso geralmente acontece com músicas repetitivas, que induzem o seu cérebro a assimilar exatamente qual refrão vem a seguir e completar a música por você, tipo quando você lê “ê, macarena!” e seu cérebro imagina o “array” e agora você está com a Macarena na sua cabeça. De nada. Essas músicas também são boas em ativar o sentido de urgência no nosso cérebro, aquele que fazemos tanto esforço pra ativar quando precisamos decorar um número de telefone ou o que comprar no mercado, mas como existe uma melodia na música, é mais fácil e agradável memorizá-la do que informações tediosas.

Deja vu

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Não, deja vu não é uma memória de vidas passadas ou uma sincronia momentânea entre dimensões paralelas, é apenas o nosso cérebro resolvendo um conflito de informações – justamente quando o nosso cérebro pensa que já passou por uma situação inédita. Parte da pesquisa pra solucionar o mistério envolveu entregar uma lista de palavras pros candidatos que incluía “sonho, noite e cama”, daí o pesquisador perguntava se a pessoa havia lido alguma palavra com “d” e muitos respondiam “dormir”, que apesar de não estar na lista, é assimilável o suficiente pra você pensar que estava. Ou seja, quando você sentir um deja vu, seu cérebro estará buscando memórias pra conferir se já passou por aquilo ou não, nada mais.

Lethologica

lethologica

Sabe quando um nome ou uma palavra fica na ponta da língua, mas não sai? Lethologica. Isso tem a ver com a forma como nosso cérebro armazena informações. Quando tentamos lembrar de algo – tipo aquele ator que esteve em Jurassic Park e n’A Origem, mas qual é o nome mesmo? -, nosso cérebro pega um caminho pra achar a palavra que procuramos, mas como cada idioma tem centenas de milhares de palavras, nós usamos umas mais que as outras, então pode ser difícil lembrar daquelas que estão em algum lugar no nosso cérebro, mas arquivadas numa pasta que não lembramos aonde guardamos – essas menos usadas fazem parte do nosso “vocabulário passivo”. Geralmente, nomes são mais esquecíveis que palavras, por isso que a gente sempre comenta “esse ator é o mesmo cara que fez aquele outro personagem naquela outra série” quando assistimos tevê.

Misofonia

misofonia

Tem gente que não suporta o som do quadro negro arranhando ou panela raspando. Isso acontece porque o nosso cérebro desenvolveu inconscientemente um método de lidar com uma raiva cotidiana. Misofonia se assemelha ao transtorno obsessivo compulsivo, mas ativado por sons ou situações extremamente específicas e ligadas a algum sentimento negativo. Outra teoria é que existe uma espécie de hiperconectividade entre o sistema auditivo da pessoa e o sistema límbico – de onde vêm nossas emoções, o que sugere que você está honestamente sentindo uma raiva assassina, e não apenas imaginando.

Enjoo

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Um enjoo pode estragar o nosso dia, não é mesmo? Não é só o sacolejar do carro ou um cheiro forte, é algo mais intenso. Os cientistas não têm 100% de certeza do que ativa o enjoo no nosso corpo, mas provavelmente tem a ver com o nosso cérebro não conseguindo lidar com informações conflitantes. Exemplo: você está sentando numa barca, sua visão diz que o seu corpo está parado, mas o seu senso de equilíbrio informa que você está em movimento, o que leva ao enjoo. Outra teoria diz que o enjoo é causado porque seu corpo não consegue prever como se mover sem que você dê de cara no chão. Estudos também indicam que o enjoo é baseado em genética, pois pessoas que sofrem de enxaqueca são mais propensas a sentirem enjoo também. Pro seu alívio, a NASA está estudando formas de combater o enjoo, pra que você nunca mais tenha medo de pegar um ônibus colina a cima.

Fonte: http://www.grunge.com/33063/weirdest-things-brain/

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