Quem cresceu assistindo aos filmes de Jurassic Park, deve se lembrar de cenas com ovos de dinossauros. Mas no começo de tudo, eles eram bem diferentes.
Um novo estudo mostrou que os ovos dos primeiros répteis gigantes a surgirem na Terra, no período triássico, tinham cascas mais moles, com uma textura parecida com couro. Ou seja, nada de grandes pedras ovais.
O estudo foi realizado pelo Museu Americano de História Natural e pela Universidade de Yale , também nos Estados Unidos.
Segundo os pesquisadores, os ovos desses dinossauros mais primitivos eram similares aos ovos de tartarugas, que possuem uma textura mais suave, sem a casca dura que os ovos de aves atuais possuem.
Durante muito tempo, os ovos de algumas espécies de dinossauros simplesmente não eram encontrados em fósseis, o que já levantava a suspeita de que eram menos resistentes e entravam logo em decomposição.
Mas foram achados alguns ovos e embriões fossilizados na Argentina e também na Mongólia, cujos vestígios das substâncias encontradas indicam um ovo mole, de formato esférico, com bebês dinossauros de 200 e 75 milhões de anos, respectivamente.
A espécie argentina pertence ao grupo dos mussauros, os ancestrais dos grandes pescoçudos que acabaram ficando mais famosos.
Já os encontrados na Mongólia eram protoceratops, bem menores. Isso significa que independente da espécie, os ovos moles eram comuns entre os dinossauros de todas as épocas.
No frigir dos ovos
Com essas informações, os pesquisadores acreditam que, inicialmente, todos os dinossauros botavam ovos moles.
A casca mais dura, calcificada, seria uma “modernização” evolutiva que não chegou a alcançar todos os dinossauros, mas que chegou até os dias de hoje, principalmente com as aves, as verdadeiras “herdeiras” evolutivas dos dinossauros.
Acredita-se que até mesmo o ancestral comum de répteis e mamíferos, antes que esses dois grupos se dividissem e se diferenciassem, também botava ovos moles, algo que se aproxima de uma confirmação com essa descoberta sobre os ovos de dinossauro.