A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos arquivou por 364 a 58 uma resolução do deputado democrata Al Green, do Texas, que pede pelo impeachment do presidente Donald Trump.
Na resolução, Al Green disse que Trump associou sua presidência a bandeiras ligadas à intolerância e ao racismo. Após a leitura da resolução, os republicanos realizaram uma votação para arquivá-la. Líderes democratas já haviam dito que se opunham à ideia.
Green alegou que Trump havia cometido um grave erro e não servia para ser presidente, pedindo pelo impeachment, investigação e remoção do republicano.
Os legisladores não debateram o mérito da resolução. A grande maioria dos democratas se uniu aos republicanos para arquivar o pedido. “Não é hora de considerarmos artigos de impeachment”, disse a líder democrata, Nancy Pelosi.
A confirmação do ex-conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca Michael Flynn de que houve interferência do governo russo na eleição presidencial americana, que consagrou Donald Trump ao cargo, causou o rebuliço político ligado a um suposto impeachment.
Michael Flynn deu declarações falsas em depoimento ao FBI, de acordo com o processo do conselheiro especial Robert Mueller. Em delação, Flynn deve admitir ainda que contatou um membro da equipe de transição de Trump para discutir o que dizer à Rússia.
Segundo o processo, Flynn disse falsamente ao FBI que não havia pedido ao embaixador russo que evitasse uma escalada na situação, em resposta a sanções impostas pelos EUA contra o país.
Outra mentira de Flynn, de acordo com o processo, ocorreu quando ele disse não se lembrar de o embaixador lhe dizer que a Rússia havia escolhido a moderação, diante das sanções.
Flynn também foi acusado de declarar falsamente que não pediu ao embaixador russo para retardar uma votação ou derrotar uma resolução no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas e que o embaixador posteriormente nunca descreveu qual seria a resposta de Moscou no caso.