Quando pensamos em petróleo, é difícil não pensar no Oriente Médio, região que é a maior produtora do mundo nessa área. Mas por que justamente lá?
As razões para a abundância de petróleo na região tem resposta na geologia e na pré-história, época da formação do óleo escuro que movimenta boa parte da economia mundial e que tornou alguns daqueles países tão ricos.
Para entender melhor a grande quantidade de petróleo no Oriente Médio, precisamos pensar em um cenário bem diferente do atual. Choques de placas tectônicas fizeram com que os mares da região evaporassem, dando origem a terra seca que conhecemos hoje.
Com o passar dos milhões de anos, as algas e outros seres vivos que habitavam os mares que secaram foram se decompondo e dando origem ao petróleo.
Além disso, a península arábica, onde fica localizada a Arábia Saudita, o Iêmen, os Emirados Árabes Unidos e outros países conhecidos pela grande produção petroleira, se descolou da África e subiu em direção a Eurásia.
O choque das placas tectônicas resultante dessa movimentação criou fendas no subsolo que acabaram se tornando grandes reservatórios de petróleo.
Esses reservatórios naturais ainda são bem “vedados” por uma camada de sal, que também se originou após os mares secarem. O sal impede que água e outras bactérias contaminem o óleo, que permanece abundante, bem armazenado e com qualidade excepcional.
Tudo isso acaba agregando um valor muito alto ao petróleo árabe.
Ouro negro, sangue negro
Foi em 1938 que o petróleo foi descoberto pela primeira vez na Arábia Saudita, através da exploração de uma empresa dos Estados Unidos.
A descoberta mudaria para sempre o rumo da economia mundial, transformando a Arábia Saudita e países vizinhos em verdadeiros paraísos de luxo e consumo, em contraste com o deserto e a vida simples que aqueles povos levavam.
As reservas petrolíferas do Oriente Médio se tornariam então objeto de desejo de outros países da região, como Irã e Iraque, bem como das potências ocidentais. Guerras foram travadas, acordos comerciais foram feitos e muita gente morreu por causa dessas reservas, que são estimadas em cerca de 268 bilhões de barris.