Queimadas e incêndios florestais assolam o pantanal brasileiro, a Amazônia e a costa oeste dos Estados Unidos.
Elas podem originar pirocumulonimbus, nuvens gigantescas que são consideradas “artificiais”, por serem um produto direto do calor gerado por esses incêndios.
Elas assustam pelo tamanho e aparência “ameaçadora” e a maior já registrada pode ter aparecido nos EUA.
A grande nuvem estadunidense foi registrada nas imediações de Fresno, na Califórnia, tendo sido fotografada por passageiros de aviões que passaram pelo local.
Ela teria sido também a responsável por bloquear momentaneamente o monitoramento dos incêndios por alguns satélites no último dia 6 de setembro. Trata-se claramente de uma pirocumulonimbus.
Veja:
De acordo com a Nasa, essas nuvens se formam quando o ar quente da região incendiada carrega vapor de água para cima.
As pirocumulonimbus, também chamadas de umulonimbus flammagenitus, costumam gerar tempestades com muito vento e raios, o que é um grande problema, já que isso pode acabar espalhando as chamas ainda mais, aumentando a área dos incêndios.
A nuvem do último dia 6 está ainda sendo analisada e provavelmente é o maior evento do tipo já registrado nos Estados Unidos.
Ela tinha cerca de 15 quilômetros de diâmetro e sua densidade era tamanha que dificultou o monitoramento do incêndio pelos satélites.
Mas os Estados Unidos não são o único lugar atualmente propício para sua formação, devido a grande quantidade de incêndios e queimadas.
Fogo e lágrimas
As queimadas na costa oeste estadunidense acontecem com frequência, assim como no Brasil, mas a intensidade dos incêndios na região do pantanal brasileiro é realmente impressionante.
O cenário não só é bem propício para a formação de pirocumulonimbus, o que é um problema, mas também ameaça toda a vida selvagem da região.
17% da área total do pantanal já foi atingida pelo fogo, o que equivale a 9 vezes a área da cidade de São Paulo, a maior do país.
Animais estão morrendo de forma cruel e as pessoas que se organizam para tentar aplacar a fúria das chamas também estão se expondo aos perigos.
O cenário é desolador e o futuro incerto. Cidades da região estão cobertas de fuligem e o tempo seco tem dificultado ainda mais a situação.