Estudantes de física de uma universidade calcularam quanto tempo levaria para que os seres humanos fossem exterminados caso houvesse um apocalipse zumbi infeccioso. E diferente do que, normalmente, acontece nas obras ficção, o estudo mostrou resultados bastante deprimentes.
Nesse cenário, qualquer ser humano restante seria superado em número pelos zumbis, a proporção seria de 1 milhão de zumbis para cada sobrevivente, o que significa que as coisas não seriam como na série pós-apocalíptica The Walking Dead, onde há, relativamente, bastante sobreviventes se ajudando ou mesmo lutando uns contra os outros.
Mas antes que você abandone suas esperanças de sobreviver em um cenário como este, há uma boa notícia – o estudo mostrou que, à medida que os seres humanos, gradualmente, matam mais zumbis, melhoram suas habilidades de sobrevivência e se reproduzem, a população mundial, eventualmente, começaria a se erguer novamente de volta após um par de décadas.
A pesquisa, que foi conduzida por estudantes de física da Universidade Inglesa de Leicester faz parte de um exercício anual que testa a capacidade dos estudantes em aplicar ciência á cenários reais ou hipotéticos.
Segundo o professor Mervyn Roy, do departamento de física e astronomia da Universidade de Leicester, esse tipo de pesquisa poderia ajudar os alunos a se envolverem na física complexa necessária para fazer esses tipos de previsão.
Roy diz que todos os anos, os professores pedem aos alunos que escrevam pequenos artigos para o tópico de física do site oficial da universidade. Isso permite que os alunos mostrem seu lado criativo e apliquem um pouco da física que conhecem no estranho e maravilhoso cotidiano.
Para descobrir como a humanidade se sairia em um apocalipse zumbi, os alunos primeiro tiveram que criar parâmetros da “infecção zumbi”. Eles assumiram que um zumbi poderia encontrar uma pessoa a cada dia, com uma chance de 90% de infectá-la com o vírus zumbi.Em seguida, utilizaram um modelo epidemiológico conhecido como Modelo SIR para mapear como a doença se espalharia. Por meio deste modelo, eles dividiram a população humana em três categorias:
Suscetível ao vírus zumbi: Humano não infectado
Zumbi: Humano infectado que pode infectar outros humanos
Morto: Estado onde o zumbi não representa risco
A equipe não levou o fator de nascimento natural e taxas de mortalidade em conta, visto que eles estavam apenas se focando no tempo de 100 dias, e nascimentos naturais e mortes ao longo desse tempo seriam muito insignificantes em comparação com a devastação que o vírus zumbi faria.
Os alunos também analisaram a freqüência com que os seres humanos infectados (zumbis) entrariam em contato com seres humanos não infectados (pessoas saudáveis), e como eles, provavelmente, passariam o vírus, afim de ver quantos humanos poderiam sobreviver.
Os resultados do estudo não foram os melhores para a humanidade. Os alunos constataram, que após apenas 100 dias, pouco mais de três meses, restariam apenas 273 pessoas vivas em todo o planeta, e os sobreviventes seriam superados por zumbis em um milhão.
Sem nenhuma possibilidade dos seres humanos retomarem seu número populacional prévio, o mais provável é que, em menos de 1 ano, a espécie humana seria varrida por completo da face da terra, segundo a previsão.
Mas, em um estudo de acompanhamento um pouco mais otimista, os alunos consideraram que, com o tempo, os seres humanos seriam melhores em matar zumbis e também em evitar de ser infectados, o que por tabela, poderia possibilitar a capacidade da humanidade se reproduzir, assim tornando a sobrevivência humana muito mais viável nesse cenário pós-apocalíptico.
Nestas condições, a equipe de estudantes descobriu que levaria cerca de 1.000 dias, ou 2,7 anos, para que a humanidade eliminasse todos os zumbis e mais 25 anos para que a população humana comece a se recuperar do ataque.
O que significa que ainda pode haver esperança para o elenco da série The Walking Dead, se eles pararem de lutar uns contra os outros e começassem a se focar em matar mais zumbis do que de costume.