Pode parecer loucura e até mesmo algo surreal, mas é verdade: cientistas japoneses, da Universidade de Shizuoka, irão testar na próxima semana aquele que seria o primeiro elevador espacial da história. O grande objetivo seria enviar astronautas e turistas para o espaço sem a necessidade de foguetes, que custam muito caro e consomem bastante combustível.
Mas antes que você já fique empolgado com a novidade, esse primeiro teste será feito em uma escala muito menor: dois pequenos satélites, de 10 cm, estarão conectados por meio de uma caixa motorizada, que percorrerá um cabo de 10 metros de comprimento. Câmeras posicionadas em cada satélite acompanharão toda a ação.
Todo o equipamente de teste estará no interior de um foguete que será lançado pela agência espacial japonesa no próximo dia 11 de setembro.
“Esse será o primeiro experimento do mundo a testar um elevador em movimento no espaço”, disse um porta voz da universidade, para a agência AFP.
Apesar da ideia ser considerada interessante por muitos, será um verdadeiro desafio construir esse elevador de verdade. Para início de conversa, ele precisa ser construído com um material leve o suficiente para o elevador não ser destruído por seu próprio peso.
Só que esse material também precisa ser resistente o suficiente para aguentar a força necessária para o elevador subir, já que ela precisará ser mais forte que a gravidade do nosso planeta. Isso sem contar as condições atmosféricas da Terra, como ventos fortes, e as forças gravitacionais do Sol e da Lua.
Além disso, ainda não existe uma tecnologia que consiga construir um nanotubo de carbono, que seria peça importante do cabo que ligaria o elevador ao espaço.
Mesmo com todas essas dificuldades, os pesquisadores japoneses ainda estão otimistas com o projeto. “Na teoria, um elevador espacial é altamente plausível. Viagens espaciais devem se tornar algo popular no futuro”, disse o engenheiro Yoji Ishikawa.
A empresa Obayashi Corp. está trabalhando em conjunto com a equipe da Universidade de Shizuoka para conseguir construir esse elevador espacial. A ideia é que ele esteja em funcionamento até 2050.