Os emojis praticamente se tornaram parte de nossa linguagem e estão por toda a parte. Mas eles já existem há muitos anos e foram criados entre 1998 e 1999 pelo programador japonês Shigetaka Kurita. O nome é uma junção das palavras “e” (imagem) e “moji” (personagem). Eles não devem ser confundidos com os também populares emoticons, representados por sinais como 😀 e :-).
Os emojis ficaram praticamente desconhecidos até a Apple decidir utilizá-los em 2007, para atrair o público japonês, mas logo se tornaram um sucesso mundial. Mas como não poderia deixar de acontecer, muitos deles já se tornaram alvo de polêmicas, controvérsias e longas discussões. Confira 10 exemplos abaixo.
10) O emoji asiático da Apple
A Apple se encontrou no meio de uma polêmica envolvendo emojis após permitir que usuários tivessem a opção de mudar a cor da pele dos emojis humanos. Só que a versão amarelada, que muitos assumiram ser uma versão asiática, encarou algumas críticas.
Muitos até gostaram dessa versão por dar representatividade aos asiáticos, mas outras pessoas afirmaram que esse tom de amarelo era muito escuro para uma pessoa dessa etnia e seria uma forma de racismo. Um usuário do fórum chinês Weibo chegou a dizer que os emojis pareciam sofrer de icterícia.
Mas no fundo, a Apple não lançou esse emoji de rosto amarelado para homenagear os asiáticos, mas sim por ser a cor padrão dos demais emojis.
9) O emoji de berinjela
O emoji de berinjela foi criado apenas para representar o inocente vegetal, mas é usado por muitos para simbolizar um pênis.
Esse emoji se tornou centro de uma polêmica em 2015 após ser banido do Instagram, bem como hashtags que relacionavam o vegetal como o órgão sexual masculino. Tudo por culpa de usuários que começaram a postar fotos nus, com o emoji da berinjela cobrindo suas partes íntimas.
A proibição continua até hoje, apesar das reclamações de muitos usuários. A banana e o pepino se tornaram alternativas, mas sem o mesmo apelo.
8) O emoji do cocô de cara brava
Por incrível que pareça, um dos emojis mais populares é o do cocô, que está sempre sorrindo. E ele quase ganhou uma contraparte que fazia uma cara brava. Só que a ideia foi por água abaixo por conta de uma polêmica.
A proposta de criação desse emoji surgiu em agosto de 2017, só que muita gente foi contra a ideia apenas por acreditar que ela não seria “legal”. Se tivesse sido aprovado, vários outros emojis do cocô teriam sido lançados ao mesmo tempo.
7) O emoji “estou me sentindo gordo” do Facebook
Já se sentiu gordo na vida? E por acaso, é realmente possível se sentir gordo? Você pode ter suas dúvidas, mas o Facebook, não, que até pensou se tratar de um sentimento.
A rede social lançou o emoji “estou me sentindo gordo” em 2015. Mas, claro, muita gente não gostou da novidade e muitos protestaram, afirmando que ser gordo não é um sentimento. A campanha foi liderada por um grupo feminista, que conseguiu cerca de 15 mil assinaturas para acabar com a novidade.
Outra alegação é que o emoji fazia piada com pessoas acima do peso e seria problemático para pessoas com distúrbios alimentares. Depois, ele acabou sendo substituído pelo “se sentindo cheio.”
6) O emoji de hambúrguer do Google
Acredite se quiser, mas o Google precisou mexer em um simples emoji de hambúrguer que lançou. O motivo: seus designers colocaram a fatia de queijo embaixo da carne. Muitos compararam com a versão da Apple, que colocou o queijo em cima da carne, como costuma ocorrer.
Quem notou isso foi analista de mídias sociais Thomas Beakdal. E chamou tanto a atenção que o assunto foi bastante comentado no Twitter, com usuários comentando a posição em que o queijo deveria ficar.
Por conta disso, o Google não teve outra opção a não ser colocar o queijo em cima da carne, como muita gente queria.
5) O emoji de lagosta da Emojipedia
Já neste ano de 2018, a empresa Unicode Consortium, responsável pela criação do código dos emojis, lançou 157 versões que poderiam fazer parte de nossos smartphones em breve. Só que o emoji de lagosta logo virou alvo de discussões, Primeiro, seu rabo parecia estar deformado. Segundo, ela tinha 8 pernas ao invés de 10, o grande motivo da polêmica.
A emojipedia, que faz o desenhos dos emojis para a Unicode Consortium, adicionou as duas pernas que faltavam e reconstruiu o rabo do animal. Depois, alegou que se tratava apenas de um protótipo, já que as demais empresas de tecnologia tem a liberdade de escolher a versão final do emoji.
4) Os emojis de Gorila e Palhaço da Apple
Em uma atualização do sistema iOS, em 2016, os emojis de Gorila e Palhaço viraram alvo de controvérsia. O motivo não foi o design deles, mas sim o momento em que foram lançados.
O gorila fez muitas pessoas se lembrarem de Harambe, um gorila macho que foi morto no zoológico de Cincinnati após um menino de 4 anos cair em sua jaula. A reação foi tão negativa que o zoológico da cidade precisou apagar suas páginas nas redes sociais.
Já o emoji do palhaço foi lançado em meio às diversas aparições de palhaços que queriam assustar pessoas a noite em vários países. Algumas pessoas até culparam a Apple de orquestrar essa manifestação de palhaços apenas para lançar o emoji.
3) O emoji de cadeira de rodas
O símbolo universal da cadeira de rodas está em uso desde 1968, após ser lançado por Susanne Koefoed. O design original mostra uma pessoa sentada em uma cadeira de rodas, em posição ereta, e sequer tinha uma cabeça.
Só que a versão emoji do símbolo universal se tornou alvo de críticas no sistema iOS, por mostrar a pessoa com o corpo jogado para frente. Ele foi rejeitado por governos e organizações e foi considerado discriminatório contra pessoas com deficiência.
Já a opinião popular ficou dividida. Alguns acharam legal e melhor que o símbolo original, enquanto que outros não entenderam o motivo da mudança. E muitos cadeirantes não gostaram do simples fato de que essa versão foi criada por pessoas sem deficiência.
2) O emoji da pistola de água da Apple
Eis outra polêmica envolvendo a Apple. Nesse caso, tudo começou quando a empresa decidiu substituir o emoji de um pistola por uma pistola de água, em resposta ao diversos ataque de armas de fogo que ocorrem nos EUA.
Muitos elogiaram a medida da empresa, mas Jeremy Burge, editor da emojipedia, criticou a mudança, e disse que era melhor a Apple ter removido o emoji da pistola de uma vez ao invés de criar uma alternativa.
No fundo, ele não estava errado, pois isso criou outro problema. Conforme dito um pouco acima, a Unicode Consortium apenas cria o código de cada emoji, e as empresas de tecnologia ficam responsáveis pelo visual final. Por isso que eles variam de smartphone para smartphone.
Desta forma, o emoji da pistola de água da Apple só apareceria desta forma em uma conversa entre usuários de produtos da empresa. Caso ocorresse com alguém no Android, por exemplo, a pessoa viria a pistola de verdade, o que poderia causar confusão.
1) Os emojis LGBT
Nem seria preciso dizer que os emojis LGBT se tornaram uma enorme polêmica em países onde a homossexualidade e o casamento entre pessoas do mesmo sexo é ilegal. A Rússia, inclusive, chegou a investigar a Apple, sob a alegação de fazer propaganda homossexual.
Esse é, até hoje, o único caso de emoji que se tornou alvo de investigação de um governo no mundo. Um homem, chamado Vitaly Milonov, chegou a exigir que a Apple lançasse uma versão especial do iPhone sem os emojis LGBT para o mercado russo. Ou que o aparelho tivesse uma recomendação de ser vendido apenas para maiores de 18 anos.
O mesmo chegou a acontecer na Indonésia, onde o governo local também exigiu que esses emojis fossem removidos de todos os aplicativos de mensagens do país. Mas diferente da Rússia, a homossexualidade não é ilegal, apenas é um assunto muito controverso.