Ratanabá existe? História absurda de cidade submersa na Amazônia viraliza

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Se você usa bastante as redes sociais, com toda a certeza, se deparou com a história de uma suposta cidade submersa na Amazônia, a Ratanabá.

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Supostamente, a região teria sido descoberta por um instituto chamado Dakila Ecossistema – que não tem o menor vínculo com nenhuma outra instituição de pesquisa, como universidades ou órgãos oficiais e tampouco lançou publicações científicas.

A história é bastante absurda e tem feito muitos brasileiros caírem no conto do vigário, mas fica a dica: é completamente falsa e não tem nenhum embasamento científico.

De acordo com a ‘origem’ de Ratanabá, os pesquisadores de Dakila divulgam que a cidade está perdida há 450 milhões de anos (lembrando que a humanidade não existe há tanto tempo). Mas, assim, nenhum destes profissionais tem currículo Lattes ou dizem as suas reais formações.

Cientistas anti-ciência

Após uma breve pesquisa nesse mundão da internet, é possível notar os ideais de Dakila e imaginar os propósitos. De terra plana, campanhas anti-vacinas e Amazônia que não queima*… Já está bem claro, não é?

O CEO da firma é Urandir Fernandes de Oliveira, que se define no portal do instituto como “a história do mundo é apenas a biografia de grandes homens”, bem como alega que suas conquistas “constróem as pontes que a levem adiante”.

No entanto, distante da realidade e próximo a um universo paralelo, Urandir ganhou destaque em 2010 quando a Record TV exibiu a famosa reportagem sobre as sessões de conversa com o extraterrestre “ET Bilubusquem conhecimento!

O suposto profissional chegou a ser recebido pelo ex-secretário da Cultura, Mario Frias, em 2020. Na mesma época, Urandir enfatizou as teses de que a pandemia do coronavírus é uma arma biológica.

*A tese de Oliveira sobre as queimadas da Amazônia chegou a ser levada pelo presidente Jair Bolsonaro na abertura da Assembleia Anual da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2020. A teoria se repetiu em relação ao Pantanal…

Ratanabá: Mito ou Verdade?

O CEO está há mais de 10 anos falando sobre Ratanabá e, segundo os pesquisadores de Dakila, a cidade é interessante aos estrangeiros do Brasil, das Organizações não-governamentais (ONGs) internacionais e até de Elon Musk.

No entanto, o assunto voltou à tona devido ao sumiço do repórter britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira desde a última semana, na região do Vale do Javari, na Amazônia.

Conforme denuncia a ONU, o atual presidente não fez muitos esforços para encontrá-los. Desta forma, abriu margens para o estímulo intelectual das pessoas sobre “a primeira capital do mundo”.

A teoria que interliga o sumiço dos profissionais faz com que a população acredite que eles possam estar em túneis subterrâneos que se estenderiam por toda a América do Sul e se ligariam à uma cidade futurista.

O mestre em história e pesquisador Lourismar Barroso, entretanto, afirma ao Portal Amazônia que não existe essa passagem, tampouco uma entrada por meio do Forte Príncipe da Beira, em Rondônia.



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