Quem já assistiu Vingadores: Ultimato e acompanha o Universo Cinematográfico Marvel, já se deparou em algum momento com o tal Reino Quântico. Mas superpoderes e Joias do Infinito à parte, quanto disso tudo é real? Saiba o que a ciência diz sobre física quântica, viagens no tempo e antes de qualquer coisa: se proteja, porque é inevitável que o texto tenha spoilers do filme.
Vingadores: Ultimato certamente não é o primeiro filme a abordar viagens no tempo, mas é o primeiro a tratar do assunto tendo como base as teorias da física, ou mais precisamente, da mecânica quântica. Basicamente, ao voltar no tempo e alterar alguma coisa, você não estaria mudando o presente, mas sim criando uma nova linha do tempo, que seguiu as consequências da alteração que você causou, enquanto a linha original, sem a alteração, continua existindo paralelamente.
Essa teoria é sintetizada no famoso exemplo do gato de Schrödinger, que está morto e vivo ao mesmo tempo. Parece difícil de compreender e é mesmo, mas é nisso que se baseiam as viagens no tempo em Vingadores: Ultimato. Esses fenômenos só são observáveis por enquanto em escala atômica, por isso o segredo de tudo nos filmes da Marvel está no Reino Quântico, aquele lugar que só o Homem-Formiga consegue acessar a princípio, devido à sua capacidade de encolhimento.
Salvei o mundo, e agora?
Uma característica interessante da teoria quântica é observada em Vingadores: Ultimato quando as Joias do Infinito, coletadas no passado, precisam ser devolvidas para o momento e local exatos de onde foram retiradas. Se isso não fosse feito, o problema seria ainda maior: uma realidade seria salva, mas outras tantas, criadas a partir das alterações feitas no passado, seriam prejudicadas.
Em outras palavras, todo o esforço feito para derrotar Thanos na “nossa” realidade, seria em vão, já que o Titã Louco poderia ter sucesso em outras realidades, fora os eventos que colocariam tudo em risco ainda antes de sua chegada. Alguém na Marvel parece ter estudado as teorias direitinho.