Relação entre cigarro e câncer não se limita ao pulmão; entenda

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No mundo, dentre todos os fatores de risco para desenvolvimento de câncer, o hábito de fumar é o mais associado com mortalidade pela doença. A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que o tabagismo é responsável pela morte por câncer de 6 milhões de pessoas a cada ano, e também de outras doenças, como enfisema e bronquite.

O cigarro chega a apresentar mais de 7 mil produtos químicos, sendo pelo menos 250 reconhecidamente prejudiciais e mais de 50 com potencial de causar câncer. Segundo a OMS, caso a população mundial deixasse de fumar, mais de um terço de todos os casos de câncer seriam evitados.

A relação entre tabaco e câncer é mais prevalente quando o assunto é câncer de pulmão. O tabagismo é responsável direto por 80% a 90% dos casos de tumores pulmonares.

O consumo de cigarro é também refletido na incidência de câncer de esôfago, estômago, pâncreas, rim, bexiga, mama e em tumores da região de cabeça e pescoço, como boca, laringe e garganta.

“O tabagismo é o principal vilão dos tumores de cabeça e pescoço. Para alguns subtipos, a relação direta entre o consumo de cigarro ou seus derivados é de cerca de 90%”, destaca o cirurgião oncologista do Departamento de Cabeça e Pescoço e Líder do Departamento de Medicina Preventiva do A.C.Camargo, Thiago Celestino Chulam.

De acordo com o especialista, os cânceres nesses órgãos são, na maioria dos casos, diagnosticados em fase avançada da doença. “O diagnóstico tardio desses tumores ocorre em 75% dos casos”. Um dos fatores para o atraso na descoberta, explica Chulam, é a negligência dos sintomas.

“É comum que o fumante tenha convivido muitos anos com rouquidão, falta de ar, asma e outros sinais. Com isso, ele não associa a evolução desse quadro com o possível desenvolvimento de um câncer”, observa.

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