Roupas do futuro terão conexão à internet e tecidos que se abrem; veja como serão

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Se a tecnologia está em todo lugar, não é difícil imaginar que as roupas do futuro também terão outras funções além do vestuário. Isso já está sendo desenvolvido e tudo parece ganhar uma função nova, das mais úteis e possíveis, até as mais inusitadas e pouco funcionais.

Com a velocidade com que o desenvolvimento tecnológico ocorre, esse futuro está bem mais próximo do que parece.

A indústria têxtil tem trabalhado ao lado da tecnologia para desenvolver essas roupas do futuro. Outros recursos como nanotecnologia e o avanço na criação de sensores de calor e movimento também estão possibilitando grandes avanços nessa área.

Confira algumas das peças de roupa que devem fazer parte do nosso armário em um futuro mais ou menos próximo:

Na praia

É o caso de um modelo de biquíni chamado Neviano, lançado pela Spinali Design. Ele conta com sensores que fazem leituras da pele da pessoa que o estiver usando.

Esses sensores são ligados a um aplicativo de celular, que vai avisar quando for necessário passar mais protetor solar ou se a temperatura da pele estiver muito alta. Custa 400 euros.

A mesma Spinali também lançou um modelo de bermuda integrada do Google Maps. Basta colocar o trajeto no aplicativo e os bolsos vibram, do lado direito ou esquerdo, de acordo com o caminho que a pessoa deve fazer. Nesse caso, pelo menos o aplicativo é gratuito.

Veja:

Todos os truques na manga

A Google, de um modo geral, parece ser uma entusiasta das roupas do futuro. Os aplicativos da empresa também fazem parte de uma jaqueta desenvolvida em parceria com a marca Levi’s e podem ser acessados através de uma espécie de tela touchscreen localizada na manga da jaqueta.

O conceito de peças como essa vai muito mais além, com roupas que poderia armazenar pequenas quantidades de dados, o suficiente para guardar senhas e protocolos de acesso. Dessa forma, uma camisa ou uma calça seriam a senha para acessar determinados locais, em uma versão mais moderna ainda da leitura ótica ou biometria.

Cheio de energia

Peças de vestuário com todas essas funções demandam algum tipo de energia para que tudo isso funcione. Assim, não é absurdo dizer que as roupas do futuro precisarão ser recarregadas, como uma bateria de celular. E alguém já pensou nisso.

Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, estão desenvolvendo um gerador de tamanho muito reduzido, que pode ser costurado a qualquer tecido. Ele seria o responsável por manter todos os gadgets e funções em andamento e seria recarregado pela temperatura do corpo.

Ou seja, as roupas do futuro podem ser movidas a base de suor.

Vida imitando a arte

Talvez a iniciativa mais interessante nessa área seja o bioLogic, um tipo de tecido tecnológico criado pelo MIT. O material funciona com um sistema de bioimpressão, que fornece a ele as características da bactéria Bacillus suctilis, usada há séculos no Japão em processos de fermentação de bebidas e alimentos.

Basicamente, o tecido cria pequenos furos para ventilação caso a temperatura corporal do usuário fique muito alta. O bioLogic poderia ter saído de qualquer blockbuster de ficção científica, mas é bem real. Confira um vídeo mostrando seu funcionamento:

No Brasil

Se o futuro parece ter chegado quando vemos essas roupas, talvez o Brasil ainda esteja no presente mesmo. Peças de roupa como essas estão bem distantes da realidade brasileira e, infelizmente, tudo indica que deve continuar assim por algum tempo.

A pesquisadora Rachel Zuanon, da Unicamp, explicou o cenário atual para o UOL. “Há um tempo, com todo o investimento em pesquisa e inovação que tínhamos, eu diria que num espaço de cinco a oito anos teríamos isso, no ritmo que vínhamos produzindo, mas hoje tivemos uma desaceleração radical de investimento”, afirma.



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