Durante as primeiras horas do próximo dia 31 de janeiro, o planeta poderá presenciar uma Lua cheia, um eclipse lunar total (também conhecido como Lua de Sangue), uma Lua Azul e uma Superlua, tudo ao mesmo tempo.
Os fenômenos, em si, são até comuns. O que é raro e vale destacar aqui é que eles acontecerão de uma única vez.
O que faz a Lua parecer cheia?
Igual à Terra, metade da Lua é iluminada pelo Sol. A Lua orbita nosso planeta, e como resultado disso, vemos diferentes iluminações nela.
A Lua cheia é justamente o momento em que ela está completamente iluminada pelo Sol. E isso ocorre a cada 29,5 dias, quando a Lua está diretamente oposta ao Sol, em relação à Terra. E o dia 31 da janeiro marca a próxima Lua cheia do calendário lunar.
E o que é o eclipse lunar?
A órbita do nosso satélite possui uma inclinação de 5 graus em relação a órbita da Terra. Então, na maior parte do tempo, nosso satélite natural está um pouco acima ou abaixo do caminho da Terra, enquanto damos uma volta no Sol. Mas duas vezes em cada ciclo lunar, a luz cruza com o nosso plano orbital.
Se esse cruzamento acontecer em uma Lua cheia, ela passará bem em frente à sombra do nosso planeta, o que resulta no eclipse lunar total. E como a Lua precisa estar atrás da Terra, em relação ao Sol, o eclipse lunar total ocorre apenas durante a Lua cheia.
Para ver o fenômeno, é preciso estar do lado da Terra em que estiver de noite. Por conta disso, o eclipse da próxima quarta-feira será visto apenas na Ásia, Austrália, Oceano Pacífico e na América do Norte.
Infelizmente, o Brasil ficará de fora dessa. Mas não se preocupe, já que o fenômeno costuma acontecer com frequência e não é considerado raro.
A Lua Azul que parece vermelha
Quando o eclipse lunar total ocorre, nosso satélite parece ficar mais escuro conforme se move em direção à sombra da Terra. E quando está completamente na sombra do planeta, ela fica vermelha, o que fez com que o fenômeno também ganhasse o nome de “Lua de Sangue.”
As moléculas gasosas da atmosfera da Terra lançam comprimentos de onda azulados a partir da luz do Sol, enquanto que as avermelhadas passam diretamente.
É por isso que temos ceus azuis e que o nascer e o pôr-do-sol parecem avermelhados. Quando o Sol está no topo do céu, a luz vermelha passa diretamente para o solo, enquanto que a luz azul é espalhada nas mais diversas direções, o que facilita sua vizualização pelos nossos olhos.
Durante o nascer e o pôr-do-sol, como o ângulo do Sol está menor no céu, é a luz vermelha é a que passa diretamente em nossos olhos, enquanto que a azul foge da nossa linha de visão.
No caso do eclipse lunar, a luz solar passa diretamente por nossa atmosfera e é refletida na superfície da Lua. Como a luz azul é filtrada, nosso satélite tem sua superfície tingida de vermelho.
Além disso, a próxima quarta-feira terá uma Lua Azul. Existem duas definições para o fenômeno. A primeira é quando ela ocorre duas vezes em um mês.
Como 29,5 dias separam as Luas cheias, costumamos ter apenas uma a cada mês. Mas como os meses possuem de 30 a 31 dias, ocasionalmente, ela pode aparecer duas vezes em um mês.
Já tivemos uma neste mês, e a segunda será justamente no dia 31 de janeiro, o que faz dela uma Lua azul. Por conta da diferença de dias, não devemos ter uma Lua completamente cheia no mês de fevereiro.
Já a segunda definição da Lua azul é quando ela é a terceira da temporada, que possui quatro, algo que acontece a cada 2,7 anos. Essa era a definição mais aceita antes da primeira começar ser considera mais correta.
A Superlua
Finalmente, para terminarmos, também teremos a presença de uma Superlua. A órbita lunar não é perfeitamente circular, o que significa que sua distância para a Terra varia de ciclo para ciclo.
O ponto em que nosso satélite fica mais próxima da Terra é chamado de perigeu. E uma Lua cheia que ocorre no perigeu é chamada de Superlua por muitos. Isso aconteceu no dia 1º de janeiro e também ocorrerá na próxima quarta-feira.
Essa aproximação faz com que ela pareça um pouco maior e mais brilhante que o normal. Mas no fundo, é bem difícil de observar o fenômeno a olho nu.
Há quem brinque que essa será uma Lua roxa, já que a mistura de azul e vermelho resulta na cor. Ela não aparecerá desta forma, mas ainda assim, vale registrar esse evento único. Caso esteja na Ásia ou na Austrália, faça bom proveito.