Os seres humanos vão envelhecendo a partir do momento em que nasce, mas esse processo tem fim em algum momento? Segundo um estudo, sim, mais precisamente aos 105 anos de idade, quando o risco de morte é tão alto, que o corpo para de envelhecer.
A pesquisa foi realizada pela Universidade de Roma La Sapienza e mostrou que a partir dos 105 anos, é impossível prever o tempo e vida dos seres humanos. Segundo uma das coordenadoras do estudo, Elisabetta Barbi, essa idade não deve ser confundida como o limite biológico, mas representa o momento em que o corpo para de sofrer alterações.
Os pesquisadores contaram com mais de 3800 voluntários, todos na faixa dos 105 anos de idade. Através de avaliações médicas cujos dados foram cruzados com os de pessoas mais novas, os cientistas descobriram que o risco de vir a óbito, que aumenta com a idade, para de crescer aos 105 anos.
Um estudo similar foi feito com outros tipos de animais, principalmente insetos, na tentativa de buscar uma razão ligada à evolução que pudesse explicar esse fenômeno. “Isso não somente dá uma resposta clara e certa sobre as taxas de mortalidade, como é crucial para a compreensão dos mecanismos na base da longevidade humana e para o desenvolvimento futuro das teorias de envelhecimento”, explicou Barbi.
Controvérsias
No entanto, o estudo realizado pela Universidade de Roma La Sapienza não é unanimidade na comunidade científica. Cientistas da Escola de Saúde Pública da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, questionam os resultados obtidos pela equipe de Elisabetta Barbi.
“Não há pessoas suficientes sobrevivendo depois dos 110 anos para gerar taxas de mortalidade confiáveis. Lembre-se, essas poucas pessoas que passaram dessa idade foram altamente selecionadas pelo tempo, então as únicas que podem viver tanto tempo tiveram que ganhar a loteria genética no nascimento”, afirmou o professor Jay Olshansky.