Um tremor de terra balançou móveis e fez as portas baterem, na tarde da última segunda-feira (6), em Paraibuna, no interior de São Paulo. O Observatório Sismológico Nacional (Obsis), da Universidade de Brasília (UnB), registrou o evento de magnitude 2,5 na escala Richter, às 15h36. Na escala, que vai de zero a 9,2, o mais amplo já registrado, um abalo dessa magnitude é considerado leve. A Defesa Civil não registrou nenhuma ocorrência na cidade, mas os moradores se assustaram, conforme relatos em redes sociais.
A moradora Ágata Agnello sentiu um tremor na mesa da sala. “As taças tiniram na cristaleira e a janela, que estava encostada, se abriu”, contou. O autônomo Luiz Henrique Rodrigues disse que, na casa de sua mãe, portas e janelas bateram. “Foi rápido, apenas alguns segundos, mas suficiente para assustar”, afirmou. A recepcionista Edna de Moraes disse que hóspedes do hotel em que trabalha sentiram o tremor e buscaram informações. “Um deles perguntou se havia alguma obra perto, pois tinha sentido uma trepidação.”
O abalo, considerado leve, também foi registrado pelo sismógrafo da Represa de Paraibuna, no Rio Paraíba do Sul, administrada pela Companhia Energética de São Paulo (Cesp). Não é a primeira vez que a cidade, de 17,4 mil habitantes, é afetada por tremores O mais intenso deles aconteceu em setembro de 2009, quando o abalo atingiu 3,4 graus e causou alguns estragos, como a quebra de vidraças. Em 2012 e 2013, houve novos tremores, mais leves, de 2,8 graus.
De acordo com o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), a cidade está assentada sobre um segmento de falha geológica que corta o Estado de São Paulo e passa abaixo da Represa de Paraibuna. Tremores relacionados a falhas geológicas são motivados geralmente por acomodações naturais do solo. Os abalos não são raros e os de menor magnitude não chegam a serem percebidos pelos moradores.