Não é todo dia que o segundo maior tubarão-branco monitorado pelos cientistas do mundo todo aparece. E ele acabou de aparecer na costa leste dos Estados Unidos.
Ele, na verdade, é ela: uma fêmea que recebeu o nome de Unama’ki, que significa “terra da névoa” no idioma do povo Mi’kmaq, do Canadá, onde ela foi vista e marcada pela primeira vez por cientistas americanos.
Unama’ki foi vista em 5 de novembro, nas primeiras horas da manhã, nadando nas proximidades da região sul de Miami, na costa leste dos Estados Unidos, mais precisamente entre o território americano e as Bahamas.
Ela tinha sido detectada pela última vez em 2019, um pouco mais a oeste, já dentro das águas do Golfo do México.
O tubarão-branco fêmea é observado há alguns anos e tem 4,7 metros de comprimento, pesando 942 quilos, segundo a medição mais recente.
Ela recebeu um chip de localização e medição de dados pela ONG Ocearch, que só consegue detectar sua posição quando a barbatana dorsal do animal fica acima da superfície da água. Por isso sua aparição é tão comemorada.
Unama’ki é um animal definitivamente grande, mas não chega nem perto dos maiores tubarões-brancos já registrados.
A espécie pode alcançar cerca de 6 metros de comprimento e ultrapassar as 2 toneladas em peso. O primeiro lugar entre os monitorados pertence a outra fêmea, de 5 metros de comprimento e 1,6 toneladas, chamada de Nukumi.
Predando o predador
O tubarão-branco é um dos predadores mais temidos dos mares, sendo inclusive tema de livros e filmes onde aparece como uma besta sanguinária que caça marinheiros, o que é bem longe da realidade.
Na verdade, o sucesso do filme Tubarão, de 1975, impactou negativamente a espécie, que passou a ser caçada, tendo o medo como motivação.
Esses animais são de extrema importância para a vida marinha em seu papel na cadeia alimentar e, na maioria das vezes, inofensivos a seres humanos.
Seu estado de preservação é classificado atualmente como “vulnerável”, o que indica alguma preocupação em relação a sua continuidade.
