10 lugares do planeta que podem desaparecer em até 100 anos

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O nosso planeta é um lugar cheio de belezas naturais, como ilhas tropicais, glaciares majestosos e imensas florestas. Infelizmente, muitos desses lugares não irão viver para sempre, e devem desaparecer mais cedo do que o esperado, por conta de todas as mudanças climáticas do planeta, bem como a ação do homem.

Confira abaixo 10 lugares que podem desaparecer em até 100 anos:

1) Ilhas Maldivas

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As Ilhas Maldivas são um destino popular de viajantes, por ser ilha tropical com diversas belezas naturais. No entanto, esta nação, que fica no sul da Ásia, pode desaparecer em breve.

Com o aumento do nível do mar em uma escala preocupante, as Maldivas já sabem que, no futuro, o país pode estar todo debaixo d’água, já que 80% de suas 1200 ilhas estão a apenas 1 metro ou menos acima do nível do mar. Já existem planos de evacuação, e os residentes da ilha de Kandholhudhoo já precisaram deixar o local.

O aquecimento global é um dos culpados, mas nem o próprio país tem colaborado para evitar tal destino. As Maldivas possuem 110 ilhas transformadas em resorts, isso sem contar as que estão em desenvolvimento, algo nada convidativo para os delicados recifes de corais. Isso sem contar o consumo de combustíveis e enormes pilhas de lixo. Nesse ritmo, o local será tomado pelo oceano em até 100 anos.

Portanto, se você sempre quis ir para lá, vá logo, já que as Maldivas devem desaparecer em breve.

2) Veneza, Itália

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O problema de Veneza é simples, e semelhante com a das Ilhas Maldivas. A terra está diminuindo, enquanto que o oceano está aumentando. Uma combinação nada boa para a histórica e famosa cidade.

Veneza pode ser tornar inabitável até o final do século, se o aumento do nível do mar não for solucionado. Há 100 anos, a área no entorno da Praça de São Marcos inundava apenas 10 vezes por ano. Atualmente, esse número subiu para 100 vezes. Em 2100, o Mar Mediterrâneo deve subir 140 centímetros, e engolir toda a cidade italiana. E essa é uma estimativa conservadora.

Ainda há tempo pra você dar um passeio nas famosas gôndolas da cidade, mas não demore.

3) Grande Barreira de Corais, Austrália

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A Grande Barreira de Corais da Austrália já pede socorro há algum tempo. O local, que é um Patrimônio da Humanidade, está sendo destruído, e ele pode ser danificado irreversivelmente até 2030. A causa? O dióxido de carbono e as mudanças climáticas.

Os corais são muito sensíveis ao dióxido de carbono, e o oceano absorve esse poluente como ninguém. A morte da Grande Barreira de Corais já está acontecendo, e muitos especialistas garantem que sua destruição é iminente. Ela está sofrendo com um processo de descoloração, que já atingiu níveis alarmantes. Tanto que o governo australiano já tomou medidas para monitorá-la e tentar salvá-la, por ser uma atração turística importante para o país.

4) Outer Banks, Estados Unidos

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A Outer Banks é uma sequência de estreitas ilhas, em forma de barreira, que ficam na costa do estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. E elas também podem sumir em breve

Muitos fatores estão colocando a existência desse local popular de férias em risco, como tempestades e furacões. Isso sem contar que o nível do mar está aumentando. A ilha de Hatteras, por exemplo, possui apenas 25% ou menos de sua largura original, o que fez as casas do local se transformarem em palafitas temporárias. Infelizmente, moradores e visitantes frequentes da Outer Banks terão que se despedir do lugar um dia.

5) Bacia do Rio Congo, África

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Não são apenas ilhas e lugares costeiros que podem sumir em 100 anos. A bacia do Rio Congo, na África, lar da segunda maior floresta tropical do mundo, pode não sobreviver até o século XXII.

O desflorestamento é o que está destruindo a Bacia do Rio Congo, que perde cerca de 3,7 milhões de acres por ano. A culpa disso é de práticas agrícolas, desenvolvimento de estradas, exploração de petróleo, mineração e, claro, a derrubada de árvores. A destruição da Bacia do Rio Congo libera, aproximadamente, três bilhões de toneladas de dióxido de carbono anualmente, algo que só acelera as mudanças climáticas do planeta. A maior preocupação é a existência de espécies animais, já que o local é o lar de 400 tipos de mamíferos, 655 tipos de pássaros e 10000 espécies de plantas.

O Reino Unido e a Noruega já fizeram um fundo de 108 milhões de libras para ajudar a salvar a floresta. Mas, infelizmente, não deve ser suficiente para impedir sua destruição.

6) O Mar Morto

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Esse lago, que é o mar mais salgado do mundo e fica entre Israel e Jordânia, está desaparecendo aos poucos, e parece que não há como interromper isso. Em 2012, o nível de água do Mar Morto diminuiu 1,5 metro, o que já é considerado alarmante. Números como esse são surpreendentes, especialmente se comparados com os do aumento do nível do mar, por exemplo.

E por que ele está diminuindo tanto? O motivo é que muitos querem aproveitar seu sal. E quando dizemos muitos, estamos falando de Israel, já que empresas do país retiram o sal do mar sem se preocupar com suas consequências. Como um terço de sua área já desapareceu, diversos buracos já surgiram em vários lugares, e seu ecossistema já sofreu danos que colocam sua existência em risco.

Pedimos perdão pelo trocadilho, mas tudo indica que o Mar Morto estará morto em breve.

7) Geleiras do Glacier National Park, Estados Unidos

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Os residentes do estado de Montana, nos EUA, já estão cientes que as geleiras do Glacier National Park, que fica na divisa com o Canadá, devem desaparecer até 2030.

As geleiras, que já foram enormes e majestosas, estão se tornando “pequenos pedaços de gelo em um ambiente”, segundo a definição do ecologista Daniel Fagre. Muitos glaciares (um sinônimo de geleira) do parque já desapareceram por completo. Em 1910, seus 150 glaciares originais ainda existiam. Em 2010, apenas 25 continuam a existir. Eles estão derretendo um atrás do outro, e não há nada que possa ser feito para impedir isso.

8) Florida Everglades, Estados Unidos

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O Everglades é uma enorme região pantanosa no sul do estado da Flórida, nos EUA, e é reminiscente de um paraíso pré-histórico, cheios de crocodilos (e certamente também foi lar de dinossauros) e outros animais. Mas esse é mais um lugar que pode deixar de existir.

Aqui, é culpa é toda nossa. Há 100 anos, os Everglades tinham o dobro do tamanho que possui agora, e apenas um quinto do lugar é protegido como parque nacional. A ação humana, como drenagem do local e a introdução de espécies não nativas do ambiente, o que resultou em um desequilíbrio no ecossistema dos Everglades, são as principais causas de sua destruição.

Isso sem contar o fato de que a população do sul da Flórida aumentou consideravelmente nas últimas décadas, o que fez a poluição ser um problema substancial. Isso mudou a paisagem de um ecossistema que já é deficiente em nutrientes.

Na realidade, o Florida Everglades não é um local feito para um ser humano viver, por ser bem selvagem. Mas como queremos dominar a natureza de qualquer forma, nós já o conquistamos e o subjugamos.

9) O gelo do Monte Kilimanjaro, África

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O Monte Kilimanjaro é um dos lugares mais bonitos e icônicos do planeta. Ou era, dependendo do seu ponto de vista.

O explorador Will Gadd, que já visitou o local várias vezes, voltou ao topo do Kilimanjaro em outubro de 2014. E ficou em choque com o que viu, ou melhor, não viu. O lugar, que antes era coberto por gelo, agora é apenas uma paisagem estéril, sem a presença das belas esculturas geladas que já cobriram o pico da montanha.

O degelo do Kilimanjaro já não é novidade, mas no período de 1912 a 2011, 85% do gelo da montanha desapareceu, e o que sobrou deve sumir daqui a três anos. “Nós estamos escalando um gelo que tem facilmente 10 mil anos de idade, e é capaz de ele não estar aqui na próxima semana”, disse Gadd, em entrevista para o The Guardian.

10) A Floresta Amazônica

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Por fim, vamos até um lugar que é bem conhecido por nós, brasileiros. Escutamos desde pequenos que “precisamos proteger as florestas”. Mas parece que nós não fizemos o dever de casa.

Em 2014, dados mostraram um aumento de 190% na área desmatada da Floresta Amazônica, se comparado com o ano anterior. Nas últimas décadas, uma área equivalente a duas Alemanhas foi eliminada da floresta mais rica e importante do planeta, o que contribuiu com a famosa crise hídrica da cidade de São Paulo e erradicou diversas espécies de animais do seu habitat natural.

Igual a Bacia do Rio Congo e o Florida Everglades, a culpa aqui é exclusivamente nossa. Nós estamos cortando as árvores da floresta, o que também ajuda a acelerar os efeitos do aquecimento global. A área é posteriormente utilizada para a criação de gado, já que a demanda por carne só aumenta, por conta do crescimento da população mundial. O corte de árvores também é voltado para abastecer a indústria madeireira, pois a madeira de certas árvores, como o Mogno, é bastante valiosa.

Apesar de ser a maior do planeta, a Floresta Amazônica é outra que pode desaparecer do mapa, se nenhuma ação for feita para impedir sua destruição.

Menções honrosas aos seguintes lugares:

– Ilhas Seychelles (podem desaparecer por conta do aumento do nível do mar)

– Glaciar Athabasca, Canadá (degelo)

– Geleiras dos Alpes Suíços (degelo)

Fonte: Grunge
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