10 vezes em que a Terra pareceu ser um planeta alienígena

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Antes mesmo de nós habitarmos a Terra, ela era um lugar bem diferente. O nosso planeta já passou por diversas transformações nos últimos 4,5 bilhões de anos, e ela já foi muito mais hostil e selvagem do que nós imaginamos. Em alguns casos, se tornou um local inóspito e inabitável.

Confira abaixo 10 vezes em que a Terra pareceu ser um planeta alienígena

10) Cogumelos gigantes estavam espalhados pelo planeta

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Há 400 milhões de anos atrás, as árvores do planeta não eram altas, e chegavam, no máximo, na altura da cintura de um humano. E as demais plantas e fungos também não eram muito altos, com a exceção de cogumelos. Uma espécie em especial, do gênero Prototaxites, estava espalhada pelo globo e era maior que qualquer outra coisa viva.

Esses cogumelos chegavam a ter 8 metros de altura e 1 metro de largura. Sim, são menores que muitas árvores de hoje em dia, mas naquela época, se destacavam perante as demais plantas e fungos.

Eles não tinham aqueles famosos chapéus que associamos com os cogumelos atuais, e consistiam, apenas, de um enorme tronco que saia do chão. Mas estavam em diversos lugares, tanto que diversos fósseis desses cogumelos já foram encontrados em vários locais da Terra.

9) O céu era laranja, e os oceanos, verdes

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Sim, sabia que o nosso céu nem sempre foi azul? Há 3,7 bilhões de anos, acredita-se que os oceanos eram verdes, e os continentes, negros. E que o céu tinha uma coloração alaranjada.

Os oceanos eram verdes por conta da oxidação do ferro, que era dissolvido na água e liberava uma espécie de ferrugem esverdeada. Os continentes eram negros por conta do resfriamento da lava, e não havia plantas para cobrí-los.

A razão para o céu ser azul, atualmente, é por conta do oxigênio em nossa atmosfera, mas ele era bem escasso há 3,7 bilhões de anos. O composto que dominava nosso ar era o metano. E quando a luz solar batia em nossa atmosfera e entrava em contato com o gás, era possível ver uma coloração alaranjada no céu.

8) O planeta cheirava ovo podre

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Nem tudo é baseado em teorias. Cientistas garantem que sabem como a Terra cheirava há bilhões de anos atrás. E era algo nada agradável: ovos podres.

A razão disso é que os oceanos estavam cheios de bactérias que se alimentavam do sal da água. Elas transformavam o sal em sulfeto de hidrogênio, que é conhecido justamente por ser o responsável pelo cheiro de ovos e carne podre.

Utilizar esse termo foi uma forma dos cientistas serem educados. Se deixarmos de lado os termos científicos, podemos dizer que o nosso planeta possuía um agradável cheiro de pum no passado.

7) O planeta era roxo

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Quando as plantas começaram a crescer na Terra, elas não eram verdes. Segundo uma teoria, elas eram roxas. Assim, se víssemos o planeta do espaço há 4 bilhões de anos, ele seria roxo, e não verde.

Acredita-se que as primeiras formas de vida da Terra absorviam a luz solar de uma maneira um pouco distinta. As plantas modernas são verdes por utilizar a clorofila para absorver a luz solar, mas as primeiras plantas utilizavam o retinal, o que causava a coloração em tons de violeta.

E por muito tempo, o roxo foi a cor do nosso planeta. Há 1,6 bilhões de anos, após as plantas se tornarem verdes, acredita-se que os oceanos é que se tornaram roxos. Uma grossa camada de enxofre cobria os mares, e por conta disso, se tornaram incrivelmente tóxicos.

6) A Terra parecia uma bola de neve

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Todos nós sabemos que a Terra já vivenciou diversas eras do gelo. Mas algumas evidências recentes mostram que há 716 milhões de anos, a Terra parecia um lugar inabitável. Tanto que recebeu a alcunha de “Terra bola de neve”, pois nosso planeta estava tão coberto de gelo que literalmente parecia uma enorme bola de neve flutuando no espaço.

Nosso mundo era tão gelado que existiam glaciares na região do Equador. A prova disso é que cientistas encontraram traços de geleiras antigas no Canadá. Parece estranho olhar em um local tão distante, mas lembre-se que a 700 milhões de anos atrás, parte do Canadá estava na região do Equador.

Como resultado, até as partes mais quentes da Terra eram frias como o Ártico atual. Só que existem outros pesquisadores que refutam essa ideia de que o planeta era uma bola de neve. A razão é que vulcões estavam em constante erupção, e deixavam o céu cheio de cinzas, o que fazia o gelo e a neve se tornarem uma verdadeira sujeira.

5) A Chuva Ácida caiu na Terra por 100 mil anos

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Quando a Era do Gelo terminou, algo tão terrível acabou surgindo. Os cientistas chamam esse período de “intensas tempestades químicas”. Uma maneira suave de dizer que a chuva ácida caiu constantemente dos céus por aproximadamente 100 mil anos.

Essa chuva ácida era tão forte e pesada que derreteu parte das geleiras que cobriam o planeta. Só que no final das contas, foi uma das melhores coisas que já aconteceram ao nosso planeta. Ela jogou nutrientes no oceano e permitiu o surgimento de vida debaixo do mar, enviou oxigênio para a atmosfera e ajudou na criação da Explosão Cambriana, evento que foi fundamental para o surgimento dos filos mais importantes do nosso planeta, e que aconteceu durante o período Cambriano.

De qualquer forma, foi um tempo bem terrível para o planeta, já que o ar estava recheado de dióxido de carbono, e a chuva ácida envenenou o oceano. Isso significa que a Terra já foi toxica e inabitável

4) O Ártico já foi verde e cheio de vida

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Há 50 milhões de anos atrás, o Ártico era um local muito diferente. Esse era um período de tempo chamado de Eoceno, e o mundo era um lugar muito mais quente. Era possível encontrar coqueiros no Alasca e crocodilos nadando na costa da Groenlândia

Até mesmo os locais mais ao norte do planeta eram cobertos de verde. Acredita-se que o Oceano Ártico já foi uma gigante lagoa de água doce cheia de vida.

Apesar disso, não era exatamente um local muito tropical, já que durante os meses mais quentes, a temperatura não passava dos 20 graus. Ainda assim, as partes mais ao norte do planeta já foram o lar de tartarugas, jacarés e os primeiros ancestrais dos hipopótamos, que precisaram adaptar sua vida em um lugar que fica completamente escuro no inverno.

3) A poeira bloqueava a luz solar

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Há 65 milhões de anos, um asteroide acertou o nosso planeta, e não causou apenas a extinção dos dinossauros. O planeta se tornou um lugar escuro, cheio de horrores, e foi muito pior do que você imagina.

O impacto foi tão forte que enviou poeira, solo e rochas para o céu, e até mesmo para o espaço. Toneladas desses sedimentos acabaram ficando presos na atmosfera, o que fez a Terra ser coberta por uma enorme camada de poeira. Os raios solares mal chegavam à superfície terrestre.

Não demorou muito para que essa camada se dissipasse.  Só que mesmo após sumir, a poeira deixou ácido sulfúrico na estratosfera, e ela chegou até as nuvens. A Terra teve de encarar chuvas ácidas por um período de 10 anos.

2) Chovia magma líquido

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Esse asteroide que levou os dinossauros a extinção, por incrível que pareça, não é lá grande coisa, se comparado com aqueles que nos acertaram há 4 bilhões de anos. Uma chuva de asteroides impactou a Terra, que se transformou uma paisagem digna de um apocalipse.

Os oceanos se tornaram tão quentes que acabaram evaporando. O calor gerado pelo impacto era tão grande que acabou evaporando os primeiros mares do planeta. Algumas partes da Terra chegaram a derreter. Diversas rochas se tornaram líquidas, e se movimentavam como se fossem rios, em temperaturas absurdamente altas.

Para piorar ainda mais, algumas dessas rochas evaporaram e se tornaram parte da atmosfera. Óxido de magnésio se misturou com as nuvens, e o resultado era uma chuva de magma. Sim, nesse período, era normal chover magma quente ao invés de água.

1) Insetos gigantes estavam em todos os lugares

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Há 300 milhões de anos, o planeta era coberto por enormes pântanos, e o ar já era rico em oxigênio, que possuía uma quantidade 50% maior do que hoje em dia. E isso resultou em um enorme surgimento de vida, que criou assustadores e imensos insetos, que pareciam ter saído de um filme de terror.

Para algumas criaturas, a quantidade de oxigênio na atmosfera era até exagerada. Insetos menores não conseguiam lidar com isso, então começaram a se tornar cada vez maiores. E de fato, muitos deles se tornaram imensos. Cientistas já encontraram fósseis de libélulas que possuem o tamanho das atuais gaivotas, com asas que chegavam a medir 60 centímetros.

Besouros gigantes andavam pela Terra, bem como outros insetos de tamanho avantajado. Mas eles eram amigáveis. Já as libélulas, não, pois pesquisadores acreditam que elas eram carnívoras.

Fonte: Listverse
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