Veja como deve ser a 1ª foto de um buraco negro em toda a história

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2019 já promete ser um ano muito animador para a astronomia. Além de todas as novidades já foram citadas, como o primeiro pouso de uma sonda do lado oculto da Lua, o telescópio Event Horizon está prestes a nos entregar a primeira foto da história de um buraco negro.

Por mais que sejam conhecidos, nós nunca conseguimos avistar um buraco negro, e por um motivo simples: eles são literalmente invisíveis. Eles conseguem atrair a gravidade uma forma tão imensa que nada escapa deles, incluindo até mesmo radiação eletromagnética.

Esse ponto em que não há mais retorno é conhecido na física como horizonte de eventos (também conhecido como ponto de não-retorno), e apesar de ser um local em que você não vai querer jamais estar, é um fator importante para visualizarmos um buraco negro.

Existe uma chance bem rara de fotografar, na realidade, o horizonte de eventos. E é justamente isso que o telescópio Event Horizon está fazendo.

A primeira pessoa a conseguir representar um buraco negro na história foi o astrofísico Jean-Pierre Luminet, em 1978, a partir de uma simulação de computador (e que está na imagem de capa deste texto). Foi algo revolucionário na época, pois muitos físicos duvidavam da existência deles.

Luminet foi a primeira pessoa a fazer isso, e desde então, várias outras pessoas já fizeram representações de buracos negros, até mesmo no cinema. Esse foi o caso do filme Interestelar, dirigido por Christopher Nolan e lançado em 2014, que contou com a consultoria do físico Kip Thorne.

O buraco negro de Interestelar.
O buraco negro de Interestelar.

O telescópio Event Horizon está focando o buraco negro supermassivo Sagittarius A*, que está no centro de nossa galáxia, a Via Láctea. Se levarmos em conta que ele possui um disco de acreção, conforme visto em algumas observações, é bem possível que essa primeira foto seja semelhante à essa simulação de Luminet.

No entanto, existe apenas um pequeno problema: não se sabe, exatamente, o que deve ser visto. E é bem provável que a imagem tenha apenas apenas alguns pixels e que ainda devem estar borrados.

Apesar disso, a imagem deve melhorar nossa compreensão sobre a polarização da radiação, estruturas de campos magnéticos e o jatos relativísticos dos buracos negros.



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