Uma droga que faz a pessoa literalmente apodrecer. Esta é a krokodil, que teve seu uso registrado pela primeira vez em 2002, na Sibéria, mas logo se alastrou pela Europa.
A Krokodil é composta da substância desomorfina, um tipo de morfina sintética de rápida ação analgésica e de sedação.
Por ser manipulada em laboratórios, esta substância é altamente tóxica, podendo causar danos graves aos vasos sanguíneos, pele, ossos e músculo. Caso a pessoa utilize por muito tempo a desomorfina, as lesões no organismo serão irreversíveis.
Os efeitos dessa droga sintética são euforia, insensibilidade à dor, estados hipnóticos e grande dependência.
A droga possui manipulação caseira
A krokodil é uma droga de criação caseira que foi fabricada a partir de substâncias como gasolina, iodo, fósforo, ácido clorídrico e codeína, que é uma substância vendida em farmácias.
A mistura é extremamente tóxica e cheia de impurezas. Por isso, os usuários da droga ficam estigmatizados como um “zumbi vivo”.
Droga é uma versão da heroína
A krokodil tem sido considerada como uma versão mais barata da heroína. Ela é injetada por via intravenosa, ou em alguns casos de forma subcutânea (sob a pele) e causa dependência de forma rápida.
Os efeitos e ações da droga são devastadores e por ter baixo custo, os dependentes a utilizam em larga escala sem ponderar os danos que a droga causa. O tratamento para dependentes é o mesmo da heroína.
Feridas causadas pela droga são comparadas a pele de crocodilo
As feridas causadas pelo uso da droga são esverdeadas e escamosas. Por isso, passou a ser comparada à carapaça dos crocodilos.
Por ser injetável, a droga também causa danos no vasos sanguíneos e tecidos onde as injeções são aplicadas, o que pode resultar em trombose, gangrena e necrose.
Contudo, as feridas podem se espalhar por todo o corpo, inclusive atingindo órgãos vitais como o fígado e rins. A droga também age de forma direta no sistema nervoso e endócrino.
Usuários de krokodil tem vida curta
Como a procura por ajuda médica é sempre tardia, é comum que haja amputação de membros. Mas, na maioria dos casos, o paciente acaba morrendo em decorrência das lesões. O tempo média de vida de usuários da krokodil é de apenas dois anos.
A droga já teve registros de usuários nos Estados Unidos e México. No Brasil, ainda não há registros de uso dessa droga mortal e devastadora, mas estima-se que seja apenas uma questão de tempo para que a krokodil se torne uma tendência entre os usuários de droga, em especial moradores de rua e pessoas de baixo poder aquisitivo.