Um grupo de ativistas querem uma vasta área de lixo flutuante, que existe atualmente no oceano Pacífico, se torne o mais novo país do mundo. E isso não é tudo: eles já têm mais cidadãos potenciais dispostos a participar dessa ideia do que alguns países reais.
Al Gore está a bordo do projeto, como o primeiro cidadão honorário das “Ilhas do Lixo”, que é o que a forma como os ativistas estão chamando o “Great Pacific Garbage Patch”, uma região grande do Oceano Pacífico que acabou sendo inundada com lixo plástico flutuante, informou a Reuters.
“Queremos diminuir essa nação. Não queremos adicionar mais plástico”, disse Gore, em um comunicado. “Os oceanos são cruciais para a nossa sobrevivência e precisamos protegê-los”.
Mais de 100 mil outras pessoas assinaram uma petição para se tornarem “cidadãos” dessa região, com o objetivo de pressionar as Nações Unidas a aceitarem as Ilhas do Lixo como o 196º país do mundo.
A petição, que afirma que todo o lixo encontrado possui uma área do tamanho da França, afirma que o reconhecimento da área como uma nova nação faria com que as Ilhas do Lixo fossem cobertas pela Carta Ambiental da ONU, o que significa que outras nações seriam obrigadas a ajudar a limpá-la, informa Quartz.
Os ativistas líderes desse movimento inovador, dois profissionais de publicidade que se associaram à editora LADBible e à organização sem fins lucrativos da Plastic Oceans Foundation, criaram uma bandeira própria, passaportes e até mesmo uma moeda oficial para as Ilhas do Lixo, informa AdWeek.
A moeda, denominada “Debris” (Detritos), possui aves marinhas, tartarugas e outros animais afetados pelo que os ativistas chamam de “catástrofe ambiental”. Os pesquisadores afirmam que existem pelo menos 5 trilhões de peças de plástico nos oceanos do mundo.
Pode parecer uma ideia estranha, mas desde que o grupo consiga atrair atenção internacional para o problema, o objetivo dos ativistas tem chance de ser alcançado.