Cientistas da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (mais conhecida como CERN, na sigla em francês) acabam um de fazer uma revelação das mais chocantes: segundo eles, o universo não deveria existir.
O motivo por trás dessa afirmação é que no início do universo, existiam quantidades iguais de matéria e antimatéria que deveriam ter se anulado, o que significa que você não deveria estar lendo este texto 13,8 bilhões de anos depois.
Mas o que explicaria, então, a criação do universo? A razão dada pelos cientistas é alguma diferença entre a matéria e a antimatéria que preveniu a aparição dessa catástrofe. A pesquisa feita no CERN descobriu que apesar de pertencerem a espectros diferentes, a matéria e a antimatéria são quase idênticas.
“Todas as nossas observações apontam uma simetria completa entre a matéria e a antimatéria, o que explica que o universo não deveria existir. Uma assimetria deve ter existido em algum momento, mas ainda não compreendemos qual é essa diferença”, disse Christian Smorra, um dos responsáveis pela pesquisa.
Para conseguir compreender esse tema abstrato e complexo, vamos voltar ao Big Bang, evento que teria criado o universo. A suposta explosão produziu quantidades idênticas de matéria e antimatéria, dois fatores que resultaram na criação de qualquer matéria visível no universo.
Se levarmos em conta que a matéria e a antimatéria deveriam ter sido destruídas quando se encontraram, isso significa que algo evitou que isso acontecesse a partir do momento em que o universo nasceu.
A equipe do CERN até tentou fazer um experimento com antiprótons, os prótons da antimatéria, pois seria a explicação mais aceita sobre o que interrompeu essa anulação dos dois compostos. Mas não foram encontradas grandes discrepâncias.
A procura por uma resposta deve continuar, já que alguma razão permitiu a criação e desenvolvimento do universo, e por consequência, de nossas vidas.
Novos e futuros estudos com as propriedades magnéticas dos antiprótons devem acontecer para revelar mais detalhes. Além disso, a equipe também deve investigar se a gravidade seria esse fator diferencial entre a matéria e a antimatéria que os responsáveis pela pesquisa estão tentando encontrar.
O que pode servir de consolo para os pesquisadores é que melhorias que estão em andamento no CERN podem nos dar novas pistas sobre o surgimento do universo em um futuro próximo
“Por atualizar o experimento com novas inovações tecnológicas, sentimos que novas melhorias ainda podem ser feitas, e no futuro, após as atualizações do CERN, que devem terminar em 2021, devemos ter resultados, no mínimo, 10 vezes melhores”, disse Smorra.