O adolescente de 14 anos Emanuel Zayas, nascido em Cuba, irá passar por uma cirurgia de alto risco para a remoção de um tumor gigante em seu rosto. Ele sofre de displasia fibrosa, uma doença que substitui partes dos ossos por um tecido fibroso.
A doença foi descoberta quando Emanuel tinha apenas 4 anos, quando começou a afetar seu braço e perna esquerdos. Aos 11 anos ele percebeu o que acreditava ser uma espinha ao lado do nariz, que na verdade se tratava de um tumor. Três anos depois, o tumor pesa cerca de 4,5 kg e tem quase o tamanho da cabeça do menino.
Com o avanço da doença, Emanuel deixou de frequentar a escola e precisa do auxílio de uma cadeira de rodas para se locomover. Ele só consegue respirar pela boca e tem dificuldade em engolir alimentos, o que faz com esteja desnutrido, já que não consegue comer de forma apropriada.
Se não for feita a cirurgia, o tumor poderá esmagar o sistema respiratório do adolescente. O pai de Emanuel, Noel Zayas, falou ao Miami Herald sobre os médicos cubanos que examinaram o menino e não quiseram operá-lo, devido ao alto risco da cirurgia. “Eu bati na porta de muitos hospitais. Não é fácil ver nosso filho se deformando e tudo o que podemos fazer é assistir”, afirmou.
A ajuda dos Estados Unidos
O cirurgião oral e maxilofacial Robert Marx, da Universidade de Miami e Fundação Jackson Health tomou conhecimento do caso e providenciou para que Emanuel seja operado em janeiro de 2018, em Miami, Estados Unidos. O garoto e a família já se encontram em solo americano.
Marx já participou de cirurgias similares, tendo retirado um tumor de 7 kg de uma mulher do Haiti em 2007 e um caso similar em uma menina do Vietnam em 2008. A cirurgia de Emanuel deve durar cerca de 12 horas e os médicos pretendem tirar o máximo que conseguirem do tumor, para que não volte a crescer.
O menino também terá o nariz e parte do rosto reconstruídos. Os quatro cirurgiões responsáveis pela operação não cobrarão o tratamento do garoto.