Um novo fenômeno natural conhecido como Steve tem intrigado os cientistas. Ele é como uma aurora boreal de luzes verdes e roxas, porém ocorrendo mais ao sul, no Canadá. Steve é uma abreviação de “Strong Thermal Emission Velocity Enhancement” (Fortalecimento de velocidade de emissão térmica forte, em tradução livre).
Steve foi descoberto por um grupo no Facebook que reúne “caçadores” de auroras boreais. Algumas pessoas passaram a relatar luzes diferentes das auroras comuns, em posição quase totalmente vertical em relação ao céu. Outro grande estranhamento foi o local de aparição dessas luzes, a região mais ao sul do Canadá.
A presença de Steve ajuda os cientistas a entenderem grande parte da interação entre o campo magnético da Terra e as partículas de radiação solar. Satélites tem estudado essa interação há cerca de 40 anos, mas até agora, nenhum efeito visível disso havia sido registrado.
Agora os dados obtidos pelos observadores do fenômeno em terra serão cruzados com as informações registrados pelo satélite Swarm, da Agência Espacial Europeia, que monitora o campo magnético da Terra.
O fato de Steve estar ocorrendo agora pode ter alguma relação com as mudanças que o campo magnético vem sofrendo, já que está prestes a realizar mais uma inversão dos polos, evento que ocorre a cada 780 mil anos, em média.
Qual a diferença entre uma aurora boreal e um Steve?
As auroras boreais ocorrem quando partículas carregadas do espaço são direcionadas para os polos, movidas pelo campo magnético da Terra. Lá elas reagem com os polos e geram as chamadas luzes do norte.
Os Steves se formam de maneira diferente. Forças elétricas apontam para direções diferentes e as partículas carregadas acabam indo sempre para a direção oeste. No caminho, elas se chocam com outras partículas e geram luzes térmicas, com o característico formato vertical.