O buraco feito na camada de ozônio pela emissão de gases nocivos vinha se recuperando bem nos últimos anos, mas um estudo revelou que ele está voltando e ninguém sabe por que, já que a emissão de gases parece ter diminuído drasticamente.
Desde a assinatura do Protocolo de Montreal, em 1987, a emissão dos chamados clorofluorcarbonetos (CFCs) tem diminuído até ser próxima de zero e com isso a camada de ozônio que protege a atmosfera da Terra dos raios ultravioleta está se recuperando dos danos causados ao longo dos anos.
Porém, uma pesquisa publicada na revista Nature mostrou que a recuperação da camada de ozônio está se tornando mais lenta e isso se deve ao aumento da presença de CFCs, mais precisamente de um composto específico denominado CFC-11.
São 13 milhões de quilos de CFC a mais do que o esperado e como ele já está misturado com outros componentes da atmosfera e resíduos antigos de CFC, fica impossível saber de onde ele vem, o que é curioso, já que se trata de uma quantidade bastante grande.
De onde vem?
Os especialistas estão tentando traçar uma origem para essa emissão gigante de CFC, mesmo após todos esses anos em que os gases caíram em desuso e novas alternativas mais baratas, mais eficientes e menos poluentes foram encontradas.
É possível que alguma grande indústria tenha guardado uma enorme reserva de CFC desde antes do Protocolo de Montreal e por algum motivo, provavelmente financeiro, resolveu que seria uma boa ideia colocar essa reserva em funcionamento. No entanto, parece uma alternativa pouco provável, mais uma vez devido à quantidade de gases, que é considerável.
Outra possibilidade tem a ver com o derretimento das geleiras em todo o mundo, que poderia estar liberando gases nocivos na atmosfera. O que invalida essa teoria é a presença massiva específica do CFC-11, que não teria como vir das geleiras.