Cientistas revelam última refeição de homem que viveu há 5 mil anos

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Há 5300 anos, um homem fazia sua última refeição antes de morrer. Hoje podemos saber exatamente o que ele comeu e entender melhor a dieta do período Neolítico. Com as novas informações, as pessoas adeptas de dietas que prezam pela “volta às origens” podem ter uma ideia melhor de como isso funcionava de fato.

O homem é conhecido hoje como Ötzi, uma múmia que foi preservada pelo gelo dos Alpes na fronteira entre a Itália e a Áustria. Ele é a múmia natural mais velha já encontrada até hoje, tendi vivido há cerca de 5300 anos. Cientistas italianos conseguiram agora saber o que havia na última refeição de Ötzi, baseando-se em vestígios dos alimentos encontrados em seu trato digestivo.

Frank Maixner, coordenador do Instituto Eurac de Estudos da Múmia da Universidade de Bolzano, na Itália, explica o que a múmia estava comendo enquanto vivia. “Conseguimos comprovar que ele teve uma proporção notavelmente alta de gordura em sua dieta, suplementada com carnes selvagens de íbex e de veado, trigo selvagem e vestígios de um tipo de samambaia”, afirma o pesquisador.

A múmia foi descoberta em 1991, mas só foi possível localizar seu estômago através de uma tomografia feita em 2009. Isso aconteceu porque o órgão acabou saindo do lugar no processo de mumificação natural.

A receita

A refeição de Ötzi foi bastante simples. A carne de íbex e veado foi consumida fresca, talvez salgada. A samambaia permanece um mistério, até mesmo porque possuía alguns esporos tóxicos. Isso leva a crer que a planta pode ter sido usada apenas para embrulhar a carne e consumida por engano, ou que o homem estivesse buscando um remédio para os parasitas intestinais que possuía.

Ötzi morreu devido a um ferimento feito por uma ponta de flecha em seu ombro, que pode ter infeccionado ou atingido alguma artéria importante. Ele tinha entre 30 e 45 anos de idade quando morreu e media 1,65 de altura.



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