O próximo dia 27 de julho terá aquele que será o eclipse lunar mais longo deste século. Serão quase 4 horas até que a Lua volte ao seu brilho normal. Mas por que isso vai acontecer? Existe uma série de fatores que colaboram para que esse eclipse seja especialmente maior do que a maioria.
Um eclipse lunar ocorre quando a Terra se posiciona entre o Sol e a Lua, projetando assim sua sombra sobre o satélite. Em eclipses solares ocorre o contrário: a Lua se posiciona entre a Terra e o Sol, projetando assim sua sombra na superfície do planeta. E o tamanho de cada um desses corpos envolvidos pode nos dar uma pista sobre a duração do eclipse.
Eclipses solares tendem a ser mais curtos, já que a Lua é bem menor do que a Terra e produz, portanto, uma sombra proporcionalmente pequena. No caso do eclipse lunar, a sombra da Terra projetada sobre a Lua é muito maior e por isso o satélite demora mais para atravessá-la.
No caso do eclipse de julho, há ainda a questão da época do ano. Essa é a época em que a Terra está em seu ponto mais distante do Sol, fazendo com que a sombra projetada seja mais “alongada”.
Alinhamento perfeito
Outro fator determinante para a duração maior desse eclipse lunar é o calendário. Dessa vez a Lua estará passando exatamente em frente à sombra da Terra, que vai cobri-la por inteiro, ao invés de esconder apenas uma parte do satélite, o que acontece em grande parte dos eclipses.
Após as quase 4 horas de escuridão, o eclipse lunar vai se tornar o que é conhecido como “lua vermelha” ou “lua de sangue”. Quando a Terra deixar de bloquear a luz solar que atinge a Lua, essa luz ainda vai passar brevemente através da atmosfera terrestre. Os raios serão “filtrados” pelos componentes da atmosfera e a luz solar chegará até a Lua com um tom mais avermelhado, dando um aspecto especial ao fenômeno.
