Cientistas observam estrela devorando planeta pela primeira vez

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Cientistas observaram pela primeira vez o que muito provavelmente se trata de uma estrela “devorando” um planeta. Confirmando-se o fato, o evento deve ainda resolver um antigo mistério da astronomia que data desde a descoberta de uma estrela entre as constelações de Touro e Auriga.

A estrela RW Aur A foi descoberta em 1937 e desde que passou a ser observada, foi descoberto que ela possui uma peculiaridade: de tempos em tempos sua emissão de luz fica mais fraca por cerca de um mês, quando ela volta se comportar de forma normal. Mas ninguém nunca entendeu por que isso acontece.

Nos últimos anos, essa oscilação tem sido mais frequente e os períodos de luz mais fraca tem ficado mais longos. Os pesquisadores conseguiram observar agora o que deve ser o real motivo da variação: ela está engolindo planetas.

O que acontece é que a estrela ainda é jovem e por isso possui planetas em sua órbita que ainda estão em processo de formação. Esses proto-planetas acabam se chocando com a superfície da estrela e são devorados, sobrando apenas uma nuvem de poeira que bloqueia a emissão de luz até se dissipar totalmente.

Embora ainda sejam necessários mais testes para cravar a origem do fenômeno, o astrofísico Hans Moritz Guenther, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos, comemora a provável descoberta. “As simulações por computador previram há muito tempo que planetas podem cair em uma estrela jovem, mas nunca observamos isso antes”, afirmou.

Comendo para crescer forte

Ao observar a história do nosso próprio Sistema Solar, podemos ver que essa destruição de proto-planetas em contato com as estrelas é uma parte do processo de formação do sistema. Há muitos indícios de que exatamente a mesma coisa tenha acontecido por aqui quando o nosso Sol era mais jovem.

Planetas como Urano provavelmente se formaram através de colisões de proto-planetas e é bem possível que a nossa Lua seja fruto de uma grande “trombada” na qual a Terra esteve envolvida. O cinturão de asteroides e os objetos menores que orbitam o Sol podem dar uma pista do que acontece com as nuvens de poeira resultantes dos impactos.



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