Cientistas da Universidade de Tóquio, no Japão, conseguiram criar o maior campo magnético já feito em um local fechado. Ele era tão grande que o laboratório simplesmente explodiu, algo que já era esperado pelos pesquisadores. Eles só não sabiam que a energia gerada seria tão grande assim, mas felizmente ninguém se feriu durante o experimento.
A intensidade de um campo magnético é medida em unidades chamadas Teslas (T), em óbvia homenagem ao excêntrico inventor, que certamente teria aprovado a experiência conduzida pelos japoneses. Para efeitos de comparação, o fraco e inofensivo campo magnético gerado pelos ímãs de um autofalante comum é medido em menos de 3 T.
Alguns aparelhos de ressonância magnética atingem 12 T, enquanto experimentos já mostraram ser possível fazer um sapo levitar com 16 T. O teste dos cientistas do Japão pretendia gerar um campo magnético de cerca de 700 T, o que já seria um absurdo, mas a brincadeira acabou chegando a 1200 T, o que causou a explosão do equipamento gerador. Confira o vídeo do acidente:
Os cientistas explicaram que o equipamento cria um campo magnético fraco, de apenas 3,2 T, que é então comprimido com uma quantidade grande de energia. Essa compressão faz com que a intensidade aumente drasticamente e acabe, eventualmente, fugindo do controle dos pesquisadores.
Aumentando a meta
Se você pensa que a explosão fará com que os cientistas repensem os métodos, saiba que está enganado. O líder da equipe, Shojiro Takeyama, pretende realizar um novo teste, dessa vez tentando atingir os 1500 T. Para ele, se o perigo é grande, os benefícios que novas descobertas nessa área podem trazer são ainda maiores.
Takeyama afirma que em campos magnéticos com mais de 1000 T, os elétrons passam a se comportar de forma diferente e seu comportamento pode ser estudado sob uma nova perspectiva. Isso possibilita inovações tecnológicas em várias áreas, incluindo a produção de energia por meio de fusão nuclear, considerado um meio mais seguro e sustentável do que o uso de combustíveis fósseis.
