Asteroides e outros objetos de vários tamanhos estão sempre em rota de colisão com a Terra, mas parece que tem havido um aumento de impactos nos últimos 300 milhões de anos. O nosso planeta pode estar passando por um evento de grandes proporções nesse tempo, já que as evidências sugerem que muito antigamente, antes até dos dinossauros, as coisas eram mais tranquilas por aqui.
Cientistas de Universidade de Southampton, no Reino Unido, analisaram os dados de impactos de asteroides de grande porte na Terra e na Lua durante o último bilhão de anos e descobriram que nos 290 milhões de anos mais recentes a quantidade de impactos praticamente triplicou. A escassa presença de crateras mais antigas na Terra era tida como fruto de erosão e desgaste causado pelo movimento das placas tectônicas, mas as coisas não são tão simples assim.
Como os pesquisadores acreditavam que as crateras da Terra teriam esse “prazo de validade”, eles se debruçaram sobre as crateras lunares, que não seriam submetidas aos mesmos processos da Terra, mas para a surpresa de todos, a mesma frequência de impactos foi obtida na Lua. O nosso satélite, ele próprio fruto de um impacto ainda mais antigo, também possui mais crateras nascidas nos últimos 300 milhões de anos do que nos 700 milhões de anos anteriores.
A causa do bombardeio
Os motivos que têm levado a esse aumento no impacto de asteroides com a Terra nos últimos 300 milhões de anos ainda não são totalmente conhecidos, mas as maiores chances são de que um grande impacto entre dois objetos ocorrido no cinturão de asteroides localizado entre as órbitas de Marte e Júpiter seja o culpado.
Dois objetos de tamanho considerável podem ter se chocado por lá e levado a um “efeito dominó” que pode durar por vários milhões de anos, sem nenhuma previsão de acabar. No entanto, os cientistas da Nasa garantem que podemos ficar tranquilos pelo menos nos próximos 100 anos em relação a grandes asteroides ameaçando a vida no planeta.