Há quem confunda astronomia e astrologia e há quem negue veementemente a existência da segunda, mas o fato é que se hoje elas são tão diferentes, nem sempre foi assim. O estudo sistemático dos corpos celestes foi uma coisa só durante boa parte da história humana e foi apenas com o surgimento do método científico como o conhecemos hoje que a sabedoria antiga e a análise empírica foram separados e ficaram ao mesmo tempo tão próximos e tão distantes.
Os astros eram estudados, primeiro como método de adivinhação, desde a antiga civilização da Babilônia, que acabou exportando esse conhecimento através do espaço e do tempo. Até o período medieval e início da era moderna, era praticamente impossível separar astronomia de astrologia, já que os mesmos cientistas que estudavam os movimentos dos planetas e mapeavam o cosmos, também faziam outros mapas, os astrais, mostrando a influência desses mesmos planetas e estrelas na vida das pessoas e eventos. Gente como Galileu Galilei e Johannes Kepler, venerados pela astronomia, também lidavam com horóscopos.
Foi no século XVII, com o surgimento do Iluminismo e a chamada “Era da Razão”, que a astrologia começou a perder seu status, que até essa época era similar ao da astronomia. Logo o estudo dos signos do zodíaco e do simbolismo planetário foi tirado das universidades, permanecendo apenas a análise lógica e matemática dos astros.
Caminhos diferentes
Passados os séculos, as duas áreas do conhecimento que nasceram como uma só acabaram tomando caminhos bem diferentes, com a astronomia sendo bem mais favorecida em relação à sua irmã “de humanas”. Os astrônomos foram e são cruciais para a exploração espacial e junto com a física vêm tentando descobrir os segredos do universo, em uma caminhada longa, porém bastante frutífera até agora.
Já a astrologia foi relegada ao status de crendice, superstição ou até mesmo charlatanismo. Os astrólogos argumentam que a validade dos estudos astrológicos pode ser comprovada através de pesquisas científicas, mas a verdade é que nada foi aceito pelos acadêmicos até hoje nesse sentido. Parece que a maioria dos cientistas é de signos de terra, conhecidos pela teimosia e apego a suas próprias opiniões.