Recentemente, a Nasa cancelou a primeira caminhada espacial que seria feita por duas mulheres astronautas por falta de trajes espaciais de tamanho adequado. Com isso, a agência espacial americana vem sendo acusada de ser sexista e o acontecimento levantou um antigo debate sobre a pouca quantidade de mulheres astronautas e porque elas vão menos do que os homens para o espaço.
Na corrida espacial feminina, a União Soviética também saiu na frente. A primeira mulher a ir ao espaço foi a russa Valentina Tereshkova, a bordo da missão Vostok 6, em 1963. Já a segunda mulher, a também russa Svetlana Savitskaya, só iria ao espaço em 1982, quase 20 anos depois de Tereshkova. Os Estados Unidos demoraram ainda mais para enviar sua primeira representante, Sally Ride, em 1983.
A ausência de mulheres astronautas no espaço por praticamente duas décadas acabou acostumando, no mal sentido, as agências espaciais a lidarem com elas. Foi exatamente isso que causou o problema recente na Nasa, já que simplesmente não havia trajes espaciais disponíveis no tamanho das duas astronautas que estavam escaladas para a caminhada.
A justificativa é o corte de gastos e o orçamento mais enxuto que a Nasa vem adotando nos últimos anos em relação ao programa espacial americano, mas é inegável que há uma falta de preocupação sobre o fato de que as mulheres continuam sendo minoria entre os astronautas.
O universo é delas
No entanto, as coisas estão começando lentamente a mudar no que diz respeito a distribuição de gênero na agência espacial americana. A turma de 2013, da qual fazem parte as duas astronautas que iriam realizar a caminhada que foi cancelada, é a primeira na história da Nasa a ter um equilíbrio na quantidade de homens e mulheres.
Até 2020, pelo menos mais três mulheres astronautas estão confirmadas para missões da Nasa na Estação Espacial Internacional (ISS) e conforme elas vão ganhando espaço aqui na Terra, é natural que venham a conquistar o espaço com a mesma intensidade e competência que sempre tiveram, mas nem sempre puderam mostrar.
