Nesta semana, o mundo pôde ver pela primeira vez a imagem de um buraco negro, captada por diversos telescópios ao redor do planeta. Essa é uma foto que, sem dúvidas, entrará para a história e será de grande importância para a física. E além disso, ela mostra que os estudos de Albert Einstein a respeito da relatividade geral estavam corretos.
A conhecida teoria formulada pelo físico mais famoso de todos os tempos descreve a gravidade como uma propriedade geométrica do espaço e do tempo. Objetos massivos criam uma espécie da curvatura ou deformação em uma área reduzida, em que a gravidade se torna tão grande ao ponto de sugar qualquer coisa ao seu redor, incluindo até mesmo a luz. Mais tarde, essa se tornou a definição de um buraco negro.
Ainda segundo Einstein, esses monstros gravitacionais possuem o chamado Horizonte de Eventos, ponto em que nada pode escapar de ser sugado para seu interior. De acordo com o que foi proposto, o Horizonte de Eventos deveria ser circular (um anel brilhante em volta de uma área escura), de um tamanho previsível, que varia a partir da massa do buraco negro, e é a única parte visível desta região do espaço.
A primeira imagem de um buraco negro foi detectada na distante galáxia M87 e é bilhões de vezes mais pesado que o nosso sol. E de acordo com muitos cientistas, a “fotografia” casa perfeitamente com o que foi defendido por Einstein há pouco mais de um século.
“A sombra existe, é quase circular e sua suposta massa é estimada com a dinâmica de estrelas que estão 100 mil vezes distantes. Hoje, a teoria da relatividade geral passou por outro teste crucial”, disse Avery Broderick, cientista envolvido na captação da imagem do buraco negro.
E esse não foi exatamente o primeiro grande teste aprovado pela teoria da relatividade geral. Por exemplo, ela também prevê a existência das chamadas ondas gravitacionais, que são as ondulações na curvatura do espaço-tempo. Um estudo feito em 2015 comprou a existência delas pelo espaço.