Antivacina: por que algumas pessoas não acreditam na imunização

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O Brasil possui um dos maiores programas de imunização do mundo, com vacinas gratuitas e distribuídas de forma efetiva, mas mesmo assim o movimento antivacina cresce. A maioria das pessoas que deixa de vacinar seus filhos é motivada por páginas em redes sociais que em muitos casos divulgam dados de pesquisas fora de contexto ou sem nenhum embasamento científico.

Em outras palavras, esse é mais um malefício, ainda que improvável, causado pelas fake news. A ação de páginas antivacina nas redes sociais já é uma preocupação para o Ministério da Saúde, que já registrou uma queda na adesão da imunização de crianças, como no caso da vacina tríplice viral, que foi dada para cerca de 25% menos pessoas em 2018 em relação aos anos anteriores. Só essa vacina, por exemplo, protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola.

As teorias sem nenhum embasamento englobam todo o tipo de informação não confirmada. Grupos de pais que adotam uma postura antivacina crescem no Facebook e são terreno fértil para a divulgação de técnicas alternativas de imunização, que vão de homeopatia e uso de determinados alimentos à associação das vacinas comuns a questões como autismo, hiperatividade e outros problemas de natureza psicológica ou psiquiátrica.

Há quem diga que o crescimento do movimento já tenha começado a ter efeitos em alguns lugares do mundo, como a recente onda de sarampo na Europa. Especialistas na área da saúde argumentam que as pessoas que acreditam em imunização alternativa contribuíram muito para o quadro.

Vacina contra fake news

O movimento antivacina, que chega a ser apoiado por autoridades e instituições pseudocientíficas em vários lugares do mundo, foi classificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como um dos maiores riscos à saúde mundial. E como a origem do problema é a divulgação de informações que não procedem, certamente a vacina contra o movimento antivacina é a informação.

Se cerca de 5% da população do Brasil simplesmente deixasse de se vacinar, teríamos o retorno quase certo de doenças erradicadas como sarampo, poliomielite, difteria e rubéola. A adesão não vem sendo satisfatória há algum tempo e a informação é crucial nesse assunto, antes que aconteça uma nova Revolta da Vacina, 115 anos depois da primeira.



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