Você consegue imaginar um futuro no Brasil onde nenhum carro movido a combustível fóssil circulas pelas ruas? Pois esse futuro pode estar mais próximo do que parece, já que o Senado Federal está avaliando a possibilidade de proibir a circulação de veículos com motores tradicionais, a combustão, em 2060. Com certeza seria um futuro mais verde para o país, ainda que um tanto estranho a princípio.
A proposta é do senador Telmário Mota (Pros), do estado de Roraima, região conhecida pelas pautas sustentáveis. A ideia da medida é parte do chamado PLS (Plano de Logística Sustentável) e visa diminuir gradativamente o consumo de combustível fóssil, fomentando a popularização de veículos elétricos e outras opções sustentáveis, até a suspensão total dos motores a combustão em 2060.
A medida, caso aprovada, poderá ter seus efeitos sentidos a partir de 2030, quando a frota de veículos movida a combustível fóssil poderá ser de 90% do total, cedendo os 10% restantes a motores elétricos e outros. O aumento gradativo atingiria seu ápice antes da proibição em 2050, com a inversão dos números de 2030: 10% de motores a combustão contra uma frota 90% sustentável.
Vale lembrar que a medida afetaria os carros que se utilizam de combustível fóssil, como gasolina e diesel. Veículos movidos à base de biocombustíveis, como etanol, poderiam continuar circulando livremente, sendo, inclusive, parte da frota sustentável.
Avançando com sustentabilidade
O PSL, caso aprovado, colocaria o Brasil em posição privilegiada em relação ás medidas sustentáveis, especialmente no momento atual, onde os problemas de queimadas na Amazônia vêm prejudicando a imagem do país no exterior em relação ao tema do meio-ambiente.
Alguns países, especialmente na Europa, já possuem uma quantidade maior de veículos elétricos circulando. A maior frota sustentável no mundo roda hoje na Alemanha, país conhecido pelo mercado automobilístico de altíssimo nível, contando com algumas das maiores montadoras do mundo.