Uma menina de sete anos foi internada em um hospital de Praia Grande, São Paulo. Ela possuía 40 larvas que estavam literalmente comendo sua cabeça internamente. Ela já se encontra fora de perigo. Os parasitas são mais comuns em animais, fazendo com que a criança precisasse de atendimento especializado, já que havia parasitas em locais mais profundos da cabeça.
Segundo um médico veterinário que prestou os primeiros socorros à criança e conseguiu que ela fosse transferida para uma unidade de tratamento especializada, a menina já se encontra fora de perigo. Segundo a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), gestora da unidade onde a criança está sendo atendida, eles são proibidos de detalhar os procedimentos cirúrgicos aplicados nesse caso.
Sabe-se que as primeiras 40 larvas foram retiradas nas primeiras 24 horas de atendimento, mas ainda havia parasitas nos locais mais profundos. Essas larvas nascem a partir dos ovos da mosca varejeira e elas se alimentam da carne de animais ou humanos nas quais crescem, sendo assim classificadas como parasitas.
Popularmente chamados de “berne”, esses vermes se alimentam da carne e se desenvolvem dentro de um hospedeiro, até virarem novas moscas varejeiras, que podem picar outras pessoas e animais, recomeçando o ciclo de reprodução.
Comum, mas assustador
Segundo o médico veterinário Fabiano Miranda, que acompanhou os primeiros atendimentos à menina, a larva da mosca varejeira é relativamente comum em animais, sendo um pouco mais rara em humanos e causa grandes estragos. Baseado em sua observação, ele garante que não houve negligência por parte da mãe da criança.
O veterinário também falou sobre o acompanhamento da criança e também nas épocas onde a mosca varejeira mais se reproduz. “Nos meses de setembro e outubro também aumentam as ocorrências. Estou acompanhando a melhora da criança diariamente e irei visitá-la pessoalmente”, disse.
