O Príncipe Harry e Meghan Markle anunciaram que deixarão suas funções na monarquia britânica, mas o que exatamente isso significa?
Na Casa de Windsor, nome oficial da família real do Reino Unido, os membros ativos, também chamados de membros sêniores, possuem funções de representatividade da família em diversos locais e ocasiões e atuam como conselheiros do Estado.
Harry e Meghan pretendem abdicar de seus status como sêniores, abandonando suas funções na realeza e vivendo de forma independente.
A última vez que isso aconteceu foi em 1936, quando o rei Eduardo VIII, tio da rainha Elizabeth II, abdicou do trono para se casar com Wallis Simpson, americana e divorciada, o que foi visto como um escândalo na época.
Na linha de sucessão ao trono, Harry é o sexto, atrás de seu pai, o Príncipe Charles, seu irmão mais velho, o Príncipe William, e seus três sobrinhos. Como membro sênior, ele e a esposa ajudam a representar a rainha e família real em outros países, bem como aconselhar o primeiro-ministro e o parlamento, mas sem grande poder de interferência.
A decisão de Harry e Meghan não foi bem recebida pelos Windsor, que foram pegos de surpresa. Como neto mais jovem da rainha, Harry sempre foi visto como um sopro de renovação e modernidade na família real, o que pode ser visto em seu casamento com Meghan, americana e sem ligações com a realeza.
Dando utilidade ao título
O casal é conhecido pelo envolvimento com iniciativas de caridade e assistência social. Harry serviu as Forças Armadas do Reino Unido por 10 anos e costuma dedicar uma atenção especial a veteranos de guerra, pessoas incapacitadas em combate e portadores de distúrbios mentais originados na guerra.
Meghan auxilia a ONU em programas de combate à miséria em países da África.
Harry e Meghan buscam independência financeira, algo que jamais poderiam ter como membros sêniores da família real britânica, que é totalmente custeada pelo Estado. No entanto, Harry e seu irmão herdaram a fortuna da mãe, a Princesa Diana, e investimentos devem garantir que vivam muito bem.
Na prática, pouca coisa deve mudar.
