A morte de Miguel Otávio, de 5 anos, ao cair do nono andar de um prédio de luxo em Recife, Pernambuco, chocou o país. Novas imagens do acidente foram divulgadas, mostrando o socorro que o menino recebeu logo após a queda.
Ele era filho da empregada doméstica Mirtes Renata Santana de Souza, que passeava com o pet de seus patrões quando seu filho caiu.
As novas imagens mostram que ao retornar para o prédio, Mirtes subiu até o quinto andar, onde vivem os patrões Sari Corte Real e Sérgio Hacker, prefeito de Tamandaré, cidade nas imediações do Recife.
Ao retornar do passeio com a cachorra da família, a mãe de Miguel foi avisada pelo zelador do prédio que alguém havia caído do nono andar. Ela teve um choque quando descobriu que era seu filho.
O menino, procurando pela mãe, havia subido até o nono andar, onde se apoiou em uma grande de proteção do sistema de ar condicionado e acabou caindo.
A patroa, que estava com o menino, chegou a estar com ele na entrada do elevador, mas nada fez para contê-lo. Miguel foi socorrido por Tomaz Silva, gerente de operações do condomínio, que tentou acordá-lo.
Sem muita pressa, Sari pegou a chave do carro e o menino foi levado ao hospital, onde acabou não resistindo à queda.
O caso ganhou grande repercussão nacional, até mesmo por alguns desdobramentos que colocam o casal de patrões de Mirtes em uma situação ainda mais complicada.
Veja a matéria exibida pela TV Globo:
Complicações
Como se não bastasse a tragédia, a situação do casal, residente em Recife, fica ainda mais complicada.
Sari Corte real foi indiciada por homicídio culposo, chegou a ser presa, mas sair ao pagar fiança de 20 mil reais. Mas os problemas não param por aí para a primeira-dama e o prefeito de Tamandaré.
Ao averiguar o caso, foi descoberto que Mirtes, que trabalha como empregada da família, assim como sua mãe, avó de Miguel, estão registradas como funcionários do município de Tamandaré, sendo assim pagas com dinheiro público.
Foi descoberto ainda o registro de Sari no auxílio emergencial do governo federal para os trabalhadores autônomos pela pandemia de coronavírus. Parece que ainda há muito o que ser esclarecido.
