Um ciclone extratropical, também chamado de ciclone bomba, está afetando o sul e parte do sudeste do Brasil com ventos muito fortes. Mas como ele funciona?
O sistema costuma originar frentes frias e causa transtornos caso se aproxime muito da costa brasileira, como aconteceu no sul do país. Eles são relativamente comuns, mas raramente causam estragos tão grandes.
A região sul tem sofrido bastante com o ciclone bomba. Áreas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, principalmente, estão tendo ventos com velocidades de mais de 100 quilômetros por hora.
Imóveis estão sendo destelhados, muitas grandes cidades estão sem energia elétrica e o mar está muito agitado. Em São Paulo, no sudeste, árvores já caíram com os primeiros ventos, que não devem ser tão fortes quanto os do sul.
Veja alguns vídeos mostrando o impacto do fenômeno:
O ciclone teve origem numa região próxima a fronteira com o Paraguai e vem cruzando o continente em direção ao oceano Atlântico, onde deve ganhar força e se desfazer.
Quando ele atingir o mar, serão as regiões costeiras que serão mais afetadas. A Marinha do Brasil alerta para ressacas marítimas e águas agitadas em toda a costa do Rio Grande do Sul até o Rio de Janeiro.
As ondas podem atingir até 7 metros de altura e todo o cuidado é pouco. Nas regiões do interior, longe da costa, a situação também não é tranquila. Regiões montanhosas do estado de Santa Catarina registraram ventos de 140 quilômetros por hora.
Por que bomba?
Chamou a atenção de muita gente o fato de o fenômeno estar sendo chamado na mídia de ciclone bomba.
Essa é uma denominação comum aos ciclones extratropicais por características específicas deles, relacionadas à queda repentina de pressão atmosférica na área do evento. É isso que os torna tão perigosos.
Um ciclone possui naturalmente ventos muito fortes, que são controlados pela pressão atmosférica, que agente como se fosse uma tampa sobre a área do fenômeno.
Quando essa pressão diminui, os ventos aumentam. Quando isso ocorre em terra, a situação fica ainda mais complicada.