Quando os dinossauros foram extintos, a Terra foi dominada pelos mamíferos, o que inclui a raça humana. Mas e se nós sumirmos, quem vai herdar o planeta? Essa é uma questão complexa, que envolve conceitos como “espécie dominante”.
É claro que em vários aspectos somos nós quem dominamos o planeta hoje, mas será que isso se aplica até as menores coisas?
De acordo com o zoólogo Matthew Cobb, em entrevista para a BBC, antes de responder a pergunta é preciso definir o conceito de dominância.
Ele diz que se levarmos em conta, por exemplo, a quantidade de indivíduos, os candidatos mais prováveis a “donos” da Terra são os insetos, certamente a família mais numerosa e variada entre todos os animais.
Já outros especialistas apostam em formas de vida ainda menores e mais discretas que os insetos e também mais variadas e adaptáveis.
Os micróbios, como vírus e bactérias, poderiam dominar a Terra em caso da extinção da raça humana com muita facilidade. Na verdade, há quem acredite que eles já dominam, dado que sua presença está em todos os cantos do planeta, incluindo os corpos de outros seres vivos.
Outro ponto que pesa muito a favor dos micróbios é o tempo de casa. Eles existem no planeta há pelo menos 3,5 bilhões de anos, como as primeiras formas de vida, enquanto nós, humanos, estamos aqui há apenas 6 milhões de anos. Isso, já contando nossas formas mais primitivas, é claro.
Adaptação
O consenso geral de especialistas e pesquisadores é que a próxima espécie dominante da Terra será a que se adaptar melhor às mudanças que o planeta pode e deve sofrer.
Com isso, é possível dizer que os seres humanos não estão totalmente fora do páreo, já que demonstramos uma capacidade de adaptação razoável.
Por outro lado, é também possível – e com uma chance relativamente grande – de que sejamos a primeira espécie a causar a própria extinção.
Nossa presença no planeta altera os ecossistemas como nenhum animal antes de nós fez, nem mesmo os dinossauros. Ou seja, a mesma capacidade de adaptação que pode nos salvar, também pode nos matar.