Um segundo passa muito rápido e certamente um milésimo de segundo é praticamente imperceptível. Mas o que é então um zeptosegundo?
Trata-se da menor unidade de tempo já medida pela ciência e equivale à bilionésima parte de um bilionésimo de segundo. Para quem gosta de números, basta imaginar zero e uma vírgula seguida por 20 zeros antes do número 1.
Um zeptosegundo é muito mais rápido do que um piscar de olhos, que dura cerca de 1 décimo de segundo.
Uma unidade de tempo como essa é totalmente irrelevante no nosso dia-a-dia, mas na física, pode fazer toda a diferença, como mostrou um estudo da Universidade Goethe em Frankfurt, na Alemanha, comandado pelo físico Reinhard Dorner.
Ele e sua equipe de pesquisadores conseguiram medir o tempo que uma partícula de luz, um fóton, leva para transitar entre moléculas de hidrogênio.
O trajeto é feito em aproximadamente 247 zeptosegundos, para quem quiser contar. O fóton foi observado viajando entre os átomos com a ajuda de um acelerador de partículas.
Ao entrar em contato com o átomo de hidrogênio, o fóton acaba expulsando os elétrons, o que gera ondas de choque.
Tudo acontece de forma tão rápida, que os resultados são medidos a partir dessa onda, que indica o momento exato da chegada do fóton. Seria como determinar o vencedor de uma corrida de carros com base no rastro deixado pelos pneus, de tão rápido que o carro estaria.
Descoberta relâmpago
O zeptosegundo não é uma descoberta exatamente recente, mas só foi melhor aplicada agora.
Ele foi descoberto, na verdade, em 2016, através da observação de raios laser, que conseguiram medir o tempo em 850 zeptosegundos. Isso representa um passo adiante de uma descoberta ainda mais importante.
Em 1999, Ahmed H. Zewail ganhou o Prêmio Nobel de Física por ter conseguido medir o tempo em femtossegundos.
A medida, maior do que o zeptosegundo, equivale a mil bilionésimos de segundo, ou seja 0,000000000000001 segundo. Ele é usado para medir a velocidade de reações químicas.