O nascimento de gêmeos costumava ser visto como algo um tanto quanto raro, mas aparentemente isso está mudando.
Um novo estudo confirmou que nunca nasceram tantos gêmeos ao redor do mundo como agora, e os cientistas responsáveis pela pesquisa estão tendo identificar os fatores que podem ter contribuído para esse aumento considerável.
O estudo, publicado no periódico científico Human Reproduction, mostrou um aumento na taxa de nascimento de gêmeos em relação à década de 80.
Entre os anos de 1980 e 1985, 9,1 em cada mil partos eram de bebês gêmeos. Agora, a taxa subiu para 12 a cada mil, um aumento que equivale a 1,6 milhões de pares nascidos a cada ano, ou cerca de 46% no total.
O motivo para esse aumento tão significativo é principalmente tecnológico. Os pesquisadores afirmam que a evolução dos tratamentos de fertilização artificial contribuem muito para que a quantidade de gêmeos seja muito maior do que há 40 anos.
Em muitos métodos, são usados mais de um óvulo para fecundação e o resultado acaba sendo positivo em vários deles, facilitando a geração de dois bebês.
A prova disso é que a maior parte desses nascimentos diz respeito ao que é chamado de gêmeos fraternos, ou seja, bebês que são gerados a partir de dois óvulos e dois espermatozoides, que compartilham o mesmo útero. Com isso, eles não possuem características físicas tão semelhantes assim.
Tendência quase global
Outra questão importante que o estudo levanta é o fato de que as terapias de reprodução assistida geralmente estão disponíveis em maior quantidade nos países mais desenvolvidos.
Por isso o aumento de gêmeos na América do Norte, Europa e Oceania é mais significativo, enquanto na América do Sul, por exemplo, o número se manteve desde os anos 80.
O único continente que foge dessa regra é a África, que continua sendo o que mais registra o nascimento de gêmeos no mundo.
Isso acontece provavelmente por fatores genéticos, mas os cientistas ainda não conseguem entender completamente como o processo se dá entre os africanos.