Semáforos, pontes, veículos, montanhas e tudo mais. É impossível andar pela internet e não trombar com um Captcha pedindo para que você aponte as imagens que possuem alguns elementos e objetos específicos.
Dessa forma, você está provando para a página que está tentando acessar que não é um robô, ou um sistema malicioso, mas sim um ser humano real.
Essa é a única finalidade do Captcha, cujo nome é uma sigla para Completely Automated Public Turing Test to Tell Computers and Humans Apart, o que pode ser traduzido como “teste público de Turing completamente automatizado para distinguir computadores e pessoas”.
O Turing citado no nome é o famoso Alan Turing, o britânico responsável por desvendar códigos nazistas na Segunda Guerra Mundial e, de quebra, inventar o computador.
Ele criou um teste na década de 50 que visava determinar se uma máquina podia se passar por um ser humano e, na prática, o Captcha nada mais é do que uma versão moderna desse teste.
Surgido no início dos anos 2000, como uma alternativa para impedir a grande quantidade de spams em e-mails e salas de chat, o Captcha funcionava inicialmente apenas com uma imagem contendo letras e números distorcidos.
Acontece que muitas vezes os caracteres eram tão distorcidos que ficavam difíceis de serem lidos até por humanos – é provável que você já tenha visto algo assim.
Dessa forma, assim como os bots e sistemas maliciosos evoluíram, o Captcha também precisou ir além.
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Em 2011, foi lançado um sistema chamado de ReCaptcha, que também era baseado em texto, mas visava ter mais utilidade.
A verificação trazia palavras que um computador não conseguia reconhecer e assim, quando um usuário humano escrevia a palavra, ele estava ajudando a transcrever algum livro em alguma biblioteca online do mundo.
Embora bem intencionado, o sistema trazia o mesmo problema de dificuldade. Até que em 2014 surgiu o No-Captcha reCaptcha, criado pelo Google.
Ele consiste em um pequeno marcador onde se deve clicar confirmando não ser um robô. No entanto, o sistema analisa o comportamento do usuário na página.
Se por acaso ele acreditar que você pode ser um bot, é aí que surgem as imagens repetidas que devem ser clicadas.
Os objetos, paisagens, veículos e elementos ajudam na confirmação e dificilmente seriam acertados por um bot, embora já existam registros de programas capazes de burlar essa segurança.